Poemas Sobre Saudade

A nostalgia redigiu versos
que não quis revelar ao
mundo; negou que alguém ou
outra alma os descobrisse.

A nostalgia padece
de ausência e assim redige versos no
íntimo e espírito de quem também
a experimenta e opta por não revelar.

A nostalgia brinca com as horas que
se esvaem no tempo das lágrimas
de quem aguarda em dor ou
padece sem desejar.

A nostalgia impiedosa
é quando envolve as lágrimas e as
marca com o vermelho do coração
pesaroso que, repleto de mágoa, verte pranto.

A cada instante, uma ação
Nessa ação, um pensamento
Nesse pensamento, um anseio
Nesse anseio, sempre você
A cada hora, um enredo
Nesse enredo, uma jornada
Nessa jornada, um eco
Nesse eco, sempre você
A cada dia, uma narrativa
Nessa narrativa, uma indagação
Nessa indagação, uma solução
Nessa solução, sempre você
A cada amor, uma existência
Nessa existência, um conhecimento
Nesse conhecimento, uma verdade
Na verdade de apreciar, você
A cada melodia, uma sinfonia
Nessa sinfonia, um verso
Nesse verso, um carinho
Nesse carinho, um desejo
Nesse desejo, sempre você
A cada ave, um planar
Nesse planar, um encanto
Nesse encanto, uma exaltação
Nessa exaltação, sempre você
A cada riso, um contentamento
Nesse contentamento, um êxtase
Nesse êxtase, um ímpeto
Nesse ímpeto, uma gratificação
Nessa gratificação, um deleite
Nesse deleite, sempre você
Somente você, invariavelmente você!

Qual dama não viveu:
Um sutiã desgastado,
Um parente meio safado
Ou um colega bem ousado?
Qual dama nunca passou
Por um fora devastador,
Uma bebedeira de tombo
Ou uma pílula do sono?
Qual dama nunca sonhou
Com a sogra já sem vida,
Em ser plenamente realizada
Ou com uma estética na barriga?
Qual dama nunca cogitou
Em arremessar uma panela,
Lançar os filhos pela janela
Ou que era só ela a culpada?
Qual dama nunca sofreu
Para ter as pernas lisinhas,
Para lidar com uma auxiliar
Ou para encarar o trabalho com cólica?
Qual dama nunca despertou
Com um estranho por perto,
Com os cabelos em desalinho
Ou com o travesseiro encharcado?
Qual dama nunca devorou
Uma caixa de chocolates
Pelo simples impulso nervoso,
Uma salada no almoço,
Por vaidade ou um canalha
Por nostalgia?
Qual dama nunca forçou
O pé no sapato apertado,
A barriga para parecer esbelta
Ou um ursinho para não
Perder a sanidade?
Qual dama nunca afirmou
Que não estava ao telefone,
Que não cogita o silicone
Ou que "dele" não recorda
Nem o nome?

Não se envergonhe se
Você se viu em tudo isso,
Ou quase tudo! Apenas
As mulheres compreendem
O sentido destas palavras!

Será paixão, este ardor
que faz meu peito vibrar?
Qual a essência do amor?
É ficar sem dormir,
com o pensamento a divagar
sobre o ser que me faz sorrir,
indagando como será o amanhã.
Fantasiando se o outro
sente fome, sede ou está a tremer.
Sonhando com um mundo
onde a distância não possa nos deter.
Ansiar incessantemente
pelo doce gosto do beijo,
um beijo cheio de paixão
que recebe o selo do amor.
Não cessar de compor
versos repletos de amor,
que narram sonhos de nós dois.
Sentir a falta apertar
e derramar lágrimas de dor.
Almejar estar junto
àquela pessoa que é meu farol.
Se tudo isso for amor,
então me permito confessar:
eu Amo Você!

Nos acordes do amor,
A mais bela canção ressoa.
O vento murmura teu nome,
E o frio se entrelaça à solidão.
Nosso encontro,
Transcende os meros pensamentos,
E nasce na harmonia dos sonhos...
Percebo o calor do teu toque,
Como se a eternidade abençoasse breves instantes.
Nosso encontro,
Não precisa de meus passos a te buscar.
Nosso encontro,
Acontece sem intenção de te encontrar.
Basta que te traga à mente,
Para que a saudade me leve
Ao tempo em que éramos
O único refúgio do amor...
Nosso encontro,
Está nas palavras simples da poesia.
Nosso encontro,
Está nas notas singelas da melodia.
Nosso encontro,
Nas noites inquietas do coração,
Onde a saudade me faz prisioneiro.
Como escapar,
Se em cada destino,
Nosso Encontro!!!

Não me busques, Mãe, na fria pedra,
Onde adornas com brilhos e flores!...
Olha os vales de lágrimas e dores,
Deixa o mármore e vem, minha espera.

Aqui, a solidão amargamente chora,
Acolá, o órfão clama por abrigo,
Vamos ofertar um refúgio amigo
E verás nossa angústia se ir embora!...

Vamos, Mãe, trocar o fausto excessivo
Por amparo, conforto, sustento vivo,
No ideal do bem que nos ilumina!...

E caminharemos lado a lado, a cada dia,
Transformando a tristeza em harmonia
E o frio da ausência em calor que ensina.

Apenas a existência espelha o supremo do cosmos
Apenas a existência desvenda o supremo em ti
Apenas a existência compreende
o idioma da nostalgia, do afeto, da
autenticidade.
Apenas a existência, apenas a existência.

Que o solo encontre o oceano, ou a
estrela da noite no astro refulgente, mas apenas a
existência vai fazer com que teus
desejos perdurem incessantemente.
E sinto orgulho
Apenas da existência, apenas da existência.

A nostalgia penetrou meu santuário,
No recôndito profundo da alma,
Incendiando emoções, um calvário,
Em tumulto, meus sentidos perdem a calma.

Percebo sem ver meu grande amor,
Ouço sem escutar suas palavras a soar,
Pois a saudade é o grito que imploro
Pela presença ausente que tento abraçar.

A saudade se instalou, desiste de partir,
E não me perturbo com sua eterna estadia.
A saudade é o amor que insiste em persistir,
Diminuindo distâncias, em sonhos se guia.

Como ave que alça voo
o amor se alastra em asas
e o regozijo se tinge
com o sol em nova graça
e até a voz se faz riso.

No elevado planar da ave
a nostalgia floresce
surge, corta, fere e
com os olhos nos céus
busca por brisas espalhadas.

E o meridional é setentrional
e o oriente é ocidente
e tudo se desfigura
desde o instante em que
o amor se faz presente.

O coração é um veleiro que parte sem
anúncio ou temor; uma embarcação de
papel portando carinho e zelo, calor
e sonhos que todos almejam abraçar.

E nas águas da sinceridade é o veleiro soberano
em sua jornada pela dama mais ardente de
cada onda que se esconde na costa mais bela
esperando pelo momento do encontro.

Mas o oceano da nostalgia, que desvenda
essa e mais verdades, é o mesmo que submerge
sem clemência aquele que se perde na paixão
de uma existência sedenta por amor e desejo.

Queria retornar àqueles dias,
Quando o amanhã era um mistério,
Tempo em que o sentido escapava,
Mas nos olhares, a paixão se achava,
E a felicidade era ter amigos tão queridos.

Sinto falta de apenas existir,
De observar, sentir, sem resistir,
Habitar nos próprios devaneios,
E nos sonhos ter o alívio,
De crer que tudo se alcança com desejo.

Revisito a infância com o pensamento,
Lembranças que ficam, não há como negar,
Elas persistem, não nos deixam esquecer,
Dos sonhos que tínhamos,
Da existência que julgávamos merecer.

Não padeço pela nostalgia,
Nem pela impossibilidade
De reverter o relógio do tempo,
Recordo da época de inocência,
Quando sonhar era o único intento.

Como adulto, só queria reencontrar,
Meu eu de outrora para assegurar,
Que o futuro ainda é uma tela em branco
Não se aflija, tudo vai se ajeitar,
Pois na jornada da vida, o essencial,
É aprender a se reinventar.

Sentir a falta de alguém é um fardo pesado,
a dor parece eterna, sem jamais
se dissipar por completo.

Ainda carrego a saudade
de almas que se foram.
Rezo com fervor por elas, para
que encontrem a luz divina.

Superar o luto e prosseguir
é um desafio, mas também
uma necessidade vital.

Conduzo minha existência para
prestar tributo aos que se foram.
Guardo na memória cada ser amado
e só almejo que encontrem serenidade.

Hoje resolvi
Permitir que a saudade venha
Permitir que a saudade
me envolva em seu abraço quente
E se lágrimas precisarem cair, que caiam
Talvez entre uma gota
e outra, um sorriso surja
Afinal, a mesma saudade
que fere também conforta
com suas doces memórias

Hoje resolvi
Não fugir da saudade
Vou recebê-la com o coração
e braços escancarados
Vou entoar para ela
nossa melodia predileta
Vou declamar aquele verso de amor
que um dia foi meu presente

Quem sabe ao abrir
as portas do meu lar e do meu peito
A saudade me conceda uma pausa
E se transforme em refúgio
em vez de aflição
Desejo reconciliar-me com a saudade
É necessário reconciliar-me com a saudade
Já que ela insiste em ficar,
não posso mais ignorá-la

Chegue, saudade
Preencha meu espaço tão silente
Ouça minhas serenatas de amor
E meus versos por terminar
Vamos bailar essa dança solitária
E enquanto um novo afeto não vem
Serás bem-vinda aqui.

A saudade vai além
de simplesmente sentir falta.

É uma emoção mais intensa,
que penetra o coração e
se aloja na essência da alma.

É uma dor que machuca,
mas que carrega consigo,
a esperança de reviver
momentos preciosos.

A saudade surge quando
menos se espera, por vezes,
com um aroma familiar, ou
ao pisar em um lugar querido.

Ela chega de surpresa,
se aninha em nossos corações
e se recusa a partir sem pressa.

Sim, a saudade é complexa,
é bela, é intimamente nossa e é
uma das mais verdadeiras formas de sentir.

Quando um ente querido nos deixa,
um vazio se instala no coração.
A falta que faz se torna constante e
só nos restam as memórias afetuosas.

O Senhor tem seus propósitos
e, assim, quando alguém nos deixa,
eu me entrego à oração e
fortaleço minha crença.

Creio que o reino celestial acolherá
todos os que partem.
Que encontrem paz
na infinita presença do Senhor.

Aos que permanecem, fica a nostalgia,
as recordações e a convicção de que
cada momento vivido foi valioso.

Ao partir, alguém
sempre leva um fragmento
dos que permanecem e deixa
um pedaço próprio pelo caminho.

Herança são as lições
partilhadas e a nostalgia
que eternamente habitará
em nossos corações.

Quem parte, inevitavelmente
carrega consigo uma parcela
do nosso afeto.

Alguns crêem que se tornam anjos,
outros que encontram paz
ao lado do Criador.

Não tenho certeza de minhas crenças,
mas sinto que em mim vive
um pouco de cada alma que partiu.

Preservo recordações preciosas,
e um imenso amor no coração.

É uma sensação que nos invade
profundamente, no âmago
do ser. É um aperto que nos
leva ao ápice do desalento. É saudade.

Inútil resistir. É apenas uma
luta onde ninguém triunfa. A falta
é a solidão sentida e o reconhecimento
de que perdemos o que jamais quisemos soltar.

É o sentimento nostálgico que surge
a cada noite de lua e permanece na alvorada
que desponta. A saudade aperta e machuca.

É a tristeza em sua forma mais crua
que sempre aparece naquele momento mais
inesperado. A saudade aperta e machuca.

Ela surge sem prelúdio, porém vai
Deixando a certeza de que existiu ao
Perpassar das eras, frio ou calor,
Seja estação das flores ou das folhas a cair.
Ela vem sem alarde e subtrai do
Rosto alheio o sorriso, substituindo
Pelo pranto perpétuo e pela
Amarga falta que jamais se esvai.
Ela, a finitude, vem sem qualquer aviso
.

É um termo inigualável, distinto
em cada canto do globo
único em todas as línguas
de cada nação ou crença

É um vocábulo que escapa definição
nasce profundo no coração
que, dilacerado pela ausência, inerte
segue à deriva, sem rumo certo

Saudade.

É uma expressão carregada de uma
imensa sensação, seja ela nua
ou coberta de justificativa, jamais
se revela desprovida de conexão

É uma palavra melódica que encaixa
com perfeição em qualquer verso
ou melodia, ela é áspera e concreta e
eternamente regerá o coração.

Desde o afeto do primeiro encontro
Até o pesar da nossa despedida
Existiu um vínculo puro, mãe,
Nos envolvendo com amor sem medidas.

Com sua partida,
Restam as memórias de nossos dias juntos,
E a falta que faz o calor de nossos laços,
Mas guardo a convicção de que seu legado é imortal.