Versos de Distância

A nostalgia redigiu versos
que não quis revelar ao
mundo; negou que alguém ou
outra alma os descobrisse.

A nostalgia padece
de ausência e assim redige versos no
íntimo e espírito de quem também
a experimenta e opta por não revelar.

A nostalgia brinca com as horas que
se esvaem no tempo das lágrimas
de quem aguarda em dor ou
padece sem desejar.

A nostalgia impiedosa
é quando envolve as lágrimas e as
marca com o vermelho do coração
pesaroso que, repleto de mágoa, verte pranto.

Saudade e Ausência: Reflexos da Distância
A distância impôs a saudade e deixou o gosto amargo de não ter você por perto. Contudo, trouxe a clareza de um desejo profundo: a vontade de ter você comigo, eternamente.

Quando os olhares se desencontram e o tempo não nos devolve quem amamos, tudo é posto em dúvida e o mundo parece rumar para o precipício. De repente, ficam as lembranças, um romance interrompido, e as dores latentes do adeus. O que nos aconteceu afinal? Por que seguimos para este desfecho?

Acreditávamos ser invencíveis, pensamos dominar o amor, mesmo à distância. Menosprezamos a falta que faz o outro e foi ela quem nos desgastou aos poucos. As conversas ao telefone se tornaram raras e nossas vidas, cada vez mais solitárias. E ao nos reencontrarmos, a sensação era de que nada permanecia igual.

Essa distância que nos afastou, arrastou consigo o que nos conectava. Mas fomos nós que permitimos, fomos nós que não impedimos a queda de um amor que levou tanto para ser edificado. E é por isso que agora sentimos dor e desistimos de tentar. Enquanto essa distância continuar a existir, não podemos jurar um amor eterno.

Embora a distância física permaneça inalterada,
é totalmente viável intensificarmos o belo afeto
que nos conecta profundamente.

Não importa a distância,
o essencial é que você
sempre habite em meu coração.

Quem realmente sou? Essa questão
persiste em me atormentar desde
o momento em que me entendi por gente. Às vezes, não faço ideia do
porquê ser tão árduo simplesmente
existir em nossa pele genuína e
qual a razão de seguirmos encenando
papéis que não nos representam, adotando
um comportamento que se distancia
daquilo que somos no íntimo. Quem sou eu?