Fardo e Pranto: A Luta pelo Contentamento

O fardo do meu pranto submerge a possibilidade de batalhar pelo meu contentamento.

Desvenda-se um manto que envolve
o pranto preso, uma gota de
lembrança.

Prende-se um luar ao firmamento
que no coração levamos a
lamentar.

Muda-se o sentir de um
extremo ao outro na esperança
melancólica.

Abdica-se do contentamento de existir
quando o adeus se faz
presente.

Derrama-se mais pranto que se alimenta
no instante breve de relembrar a pessoa
querida.

Consomem-se prantos em taças
diminutas, aos poucos a falta
se esvai.

O masculino se fortalece na lógica.
A mulher, inabalável pelo pranto.
O argumento persuade, o pranto toca o coração.

Não oculte seu pranto, as despedidas são tristes;
mas guarde seu sorriso, pois o adeus não é eterno.

Mãe, criação com seu ser,
Alimenta e zela com alma inteira.
Mãe, companheira nas alegrias,
Escudo constante,
Cuidado incessante.

Mãe desenha alegrias,
Seca qualquer pranto.
Mãe é abraço de amor sem fim,
Coração de paciência eterna,
Sorriso e pranto de ternura e compreensão.

Mãe, arte viva da natureza,
E carrega em sua essência
o toque do sagrado.
Mãe é alicerce, é força do universo,
Pois em seu ventre tece o encanto do nascer.
Mãe é afeto sem limites,
Que ressoa eterno e vasto
em seu imenso coração.

No momento em que o pranto bate à porta, permito sua visita.
Contudo, ergo-me em seguida, buscando o brilho do viver com fervor.