Pranto e Resiliência: Buscando o Brilho do Viver

No momento em que o pranto bate à porta, permito sua visita.
Contudo, ergo-me em seguida, buscando o brilho do viver com fervor.

Sobreviver nem sempre é simples ou prazeroso. O existir não se resume a um eterno canteiro de flores vibrantes e aromas maravilhosos. Há momentos em que a vida se torna um verdadeiro teste de resistência!

É preciso ter resiliência, exibir coragem. Afinal, viver é para quem tem espírito de lutador. E todos nós temos a chance de combater por algo superior, por tempos mais perfeitos e por segundos memoráveis de alegria. Lutar incessantemente é a mais valiosa lição que a existência pode nos dar!

Vou dissipar essa melancolia do seu espírito, custe o que custar nesta vida! Imploro que não perca a esperança nem se renda. Entendo que nem tudo são flores, mas tenho consciência da sua resiliência.

Reflita sobre seu ser e tente abraçar as adversidades, aquelas que muitas vezes bagunçam tudo. Em certos momentos, o segredo é simplesmente acolher, estender os braços e aceitar os presentes que o destino nos reserva.

Mostre uma força que talvez nunca tenha mostrado! Faça o necessário, mas siga adiante, pinte um sorriso na face e injete ânimo no peito. Estarei ao seu lado para sarar a dor que insiste em seu coração. Coragem!

No sopro desafiador dos tempos difíceis, é a resiliência que ergue uma muralha inabalável, sustentando sua firmeza.

O relógio trouxe consigo rastros de memórias. Revivi existências, redescobrindo em meu ser instantes seus. Engoli meu pranto na dor de evocar recordações em devaneio. O sopro do vento me guiou para mais perto da nostalgia. Meus passos retomaram o caminho
para percorrer espaços outrora compartilhados, e tocar sorrisos eufóricos que outrora
decoraram episódios de paixão.

Desfilaram em meu pensamento, e a brisa da falta veio buscar refúgio em meu ser. Cheguei mais perto para escutar o clamor da saudade, trazendo à tona episódios para reviver. Acendi dentro de mim cenas que jaziam esquecidas. Da estação das flores, do aposento, com corpos entrelaçados preenchendo o vazio com afeto. Risadas contentes e sorrisos que invadiam bocas ternas.

O vento me conduziu ao último vislumbre da saudade. Aspirei meus derradeiros murmúrios me agarrando ao silêncio, e meus pensamentos se desvaneceram na derradeira imagem de você.

O amor poderia ser um conto encantador, mas nem todos que nele atuam ajudam a tecer um desfecho alegre. Há quem persista em alterar seu modo de sentir e experienciar o amor a cada virada de página; e o que resta é dor e pranto de frustração.

Quem não tem habilidade para zelar pelo ser amado a seu lado, melhor seria não ter estendido os braços para envolvê-lo. Existem cicatrizes que permanecem, e corações que se partem para não mais se reconstituírem, por conta de ressentimentos profundos que poderiam ser evitados.