Falhar e Perdoar: Virtudes Humanas

Falhar faz parte da nossa natureza,
assim como é da essência do ser humano oferecer perdão.
Ato de perdão é virtude de espíritos nobres.

O ato de perdoar genuinamente é uma das expressões mais elevadas da alma, mas alcançá-lo é uma jornada árdua.

Perdoar não é apenas pronunciar palavras vazias, e tampouco floresce em um coração amargurado, ferido ou irado.

O perdão autêntico só emerge quando o coração se encontra em paz, sereno e harmonizado com a causa da dor.

Existem pessoas que carregam pelo tempo afora as mágoas passadas, pois nunca conseguiram perdoar aqueles que as feriram.

Contudo, é importante reconhecer que perdoar é um ato de libertação, e beneficia muito mais quem perdoa do que quem recebe o perdão.

Conceder perdão a si mesmo é um presente precioso. No entanto, muitas vezes, perdoar nossas próprias falhas é mais desafiador do que perdoar as dos outros. Sentir compaixão por nossas fraquezas e ações é mais complexo do que ter compaixão pelo próximo.

Podemos ser nossos maiores algozes! E, frequentemente, é a culpa que nos impede de abrir o coração e perdoar nossos equívocos.

Portanto, para praticar o perdão, é necessário se reconciliar com a vida, com suas vivências, com suas vulnerabilidades. O perdão tem o poder de aliviar a alma de um fardo pesado, permitindo-lhe caminhar levemente pelo trajeto da paz e da felicidade.

Como é de conhecimento geral e já foi dito inúmeras vezes, 'errar é humano, mas perdoar é divino'. Todos nós erramos, faz parte da nossa natureza, e para quem, como você, sai machucado do processo, resta a escolha de perdoar ou não a pessoa que cometeu o erro.
Mas perdoar não é simples, e esquecer é quase um desafio!

Por isso se afirma que perdoar é divino, que é preciso ter um grande coração para conseguir, mas a verdade é que, ao decidir perdoar, sentirá uma felicidade maior, além de demonstrar integridade.

Considere que apenas os fortes perdoam, só um coração generoso consegue a grandeza de perdoar com sinceridade e prosseguir.

Seja nobre e perdoe, a felicidade não está na vingança ou em alimentar sentimentos como a raiva. A felicidade se encontra no altruísmo, no amor, no perdão, em todas as boas ações e sentimentos que colocar em prática, pois, eventualmente, eles retornarão a você.

Sempre imaginei que, ao perdoar você, marido, meu coração se abriria para te querer bem, para te respeitar novamente e aceitar tua presença em minha vida, ao menos como um amigo. Contudo, eu desconhecia a verdadeira essência do perdão.

Hoje, compreendi que perdoar é a arte de deixar para trás o que nos machucou, é libertar-se daquele que nos causou sofrimento. Perdoar é transcender, é transformar o mal que nos fizeram em algo sem peso ou importância em nosso ser. Com essa percepção, me sinto emancipada.

Você, e o mal que me infligiu, agora habitam meu passado. Eu padeci, evoluí com essa dor, mas tudo tem seu momento e espaço. Aprendi que perdoar é um ato de amor próprio, mais do que um favor a quem nos feriu. Aprendi que perdoar é reconciliar-se com a dor e torná-la irrelevante, e isso me capacita a seguir adiante e buscar minha felicidade. E é isso que almejo para mim.

No caminho da vida, frequentemente, falhar pode ser mais valioso do que acertar. Falhamos para assimilar, para tentar novamente, para aprimorar nosso jeito de realizar as tarefas.

Quem não falha, simplesmente não se arrisca. E evitar o risco é o mesmo que renunciar à vida. Erra aquele que não se contenta e busca transformação, busca crescimento.

Portanto, na próxima ocasião em que o receio de falhar te assombrar, recorda: é mais sábio arriscar e falhar do que passar uma existência sem nenhuma conquista por não errar jamais.

Por que é tão árduo perdoar? Aceitar alguém que falhou seriamente, quando a primeira emoção que nos invade é a ira? Esse é o cerne da questão que faz o perdão ser encarado com tamanha dificuldade. Ao nos depararmos com a falsidade, a traição ou um erro, nossa reação imediata não é perdoar, mas sim sentir raiva, revolta e, sobretudo, mágoa.

É justamente por ser tão intrincado e paradoxal que o perdão se mostra como um sentimento nobre, reservado àqueles de coração generoso. Para perdoar, é necessário converter toda a negatividade em compreensão, paciência e magnanimidade.

Apesar dos obstáculos, é inegável que quem perdoa colhe os frutos mais positivos, pois alcança uma mente serena, cercada de vibrações positivas e, mais do que isso, uma consciência pacífica.

Quando a pessoa que anseia pelo perdão o recebe com sinceridade, também se beneficia, ganhando uma alma mais sossegada para prosseguir em seu trajeto, além de uma chance renovada para jamais reincidir na mesma falta.