A Complexidade e a Beleza do Perdão

Por que é tão árduo perdoar? Aceitar alguém que falhou seriamente, quando a primeira emoção que nos invade é a ira? Esse é o cerne da questão que faz o perdão ser encarado com tamanha dificuldade. Ao nos depararmos com a falsidade, a traição ou um erro, nossa reação imediata não é perdoar, mas sim sentir raiva, revolta e, sobretudo, mágoa.

É justamente por ser tão intrincado e paradoxal que o perdão se mostra como um sentimento nobre, reservado àqueles de coração generoso. Para perdoar, é necessário converter toda a negatividade em compreensão, paciência e magnanimidade.

Apesar dos obstáculos, é inegável que quem perdoa colhe os frutos mais positivos, pois alcança uma mente serena, cercada de vibrações positivas e, mais do que isso, uma consciência pacífica.

Quando a pessoa que anseia pelo perdão o recebe com sinceridade, também se beneficia, ganhando uma alma mais sossegada para prosseguir em seu trajeto, além de uma chance renovada para jamais reincidir na mesma falta.

Se pudesse enxergar-se através do meu olhar, descobriria a mais bela e cativante criatura deste mundo. A verdadeira beleza transcende a camada externa da pele, as curvas do corpo e a densidade dos fios de cabelo.

Essa beleza é um mosaico de detalhes. É o balé das suas mãos dançando no ar enquanto conversa. É aquela mecha de cabelo que teimosamente cai sobre sua visão.

São seus cílios, que parecem pesar com a chegada do sono. É a pontinha do seu nariz que se avermelha com cada espirro. Beleza é o seu corpo se esticando ao despertar da manhã.

A beleza reside no olhar de quem ama. E mesmo você sendo uma mulher estonteante, tenha certeza de que ninguém percebe mais beleza em você do que eu.

Olhe dentro dos meus olhos e, ao ver seu reflexo, compreenderá o significado de beleza e amor, e jamais ousará dizer que não aprecia seu corpo, que se sente acima do peso ou que se acha feia.

Ame-se em cada centímetro, assim como eu amo; nutra amor por si mesma da forma como eu a amo!

Desculpe-me, por favor! Reconheço meu erro. Não há desculpas para o que causei. Fiz mal à última pessoa que desejaria magoar. Você sempre foi meu tudo! Mas, infelizmente, destruí o que tínhamos.

E agora, aqui estou, rogando por seu perdão. Suplico por mais uma oportunidade! Anseio por um jeito de reconquistar a confiança perdida. Sinto uma imensa falta de você! Imploro, aceite minhas desculpas!

Com certeza, talvez você nem deseje me
ouvir ou encarar meu rosto,
porém estou aqui expressando todo
meu pesar e rogando
por sua compreensão. Aceite minhas desculpas!

Prometo que vou evoluir,
tornar-me alguém melhor e incapaz de
reincidir no erro que cometi.

Seja qual for o futuro,
ficarei eternamente à espera
de que você me absolva. Perdão.

Por vezes, falhamos e ferimos quem mais queremos bem,
mas meu arrependimento não vem do equívoco cometido,
e sim da ausência de ter buscado o perdão.

Um Mosquito, que voava e zumbia ao redor da cabeça de um Touro, após muito tempo, finalmente pousou em um de seus chifres. Com respeito, solicitou perdão pelo possível incômodo que poderia estar causando, e falou:

“Se por acaso meu peso lhe perturba, senhor, basta me avisar, e prontamente me retirarei!”

O Touro então lhe respondeu: “Oh, não há incômodo algum para mim! Seja ficar ou partir, tanto faz, e, para ser sincero, nem tinha notado sua presença em meu chifre.”

Frequentemente, aos nossos próprios olhos, nos colocamos como o foco das atenções e nos achamos extremamente relevantes, muito mais do que realmente somos para os outros.

Moral da História: Quanto menor a mente, maior o sentimento de presunção.