Coração Despedaçado: O Eco da Minha Dor

Entreguei-te a alma em forma de coração
e ignoraste se pulsava verdade.
Meu sentimento é delicado
puro, leal,
humilde e resoluto
e carinho algum recebi em retorno.
És meu universo inteiro,
enquanto sou só mais uma nas tuas estratégias.
Um peão no teu xadrez de falsas esperanças.
Não trivialize o amor,
isso me fere profundamente.
Mas quem realmente perde é você,
tua alegria é efêmera
e minha dor, infinita.
Ainda é tempo de mudar,
a felicidade quer ser tua aliada
e nessa partida desejo estar ao teu lado
para te mostrar como se joga
o jogo do amor genuíno.
Para que jamais
Façamos do amor um passatempo...

De repente, o garoto tropeça, se fere e exclama: - Ai! Para seu espanto, ouve sua própria voz ecoando montanha afora: - Ai! Movido pela curiosidade, o menino indaga: - Quem está aí? E para sua surpresa, a resposta vem: - Quem está aí?

Irritado, ele berra: - Seu medroso! E o eco devolve: - Seu medroso! O menino, confuso, vira-se para o pai e questiona: - O que está acontecendo? O pai, com um sorriso, aconselha: - Observe bem, filho.

Então, o pai eleva a voz em direção à montanha: - Eu te respeito! E o eco responde: - Eu te respeito! Mais uma vez, o pai clama: - Você é um vencedor! E a montanha replica: - Você é um vencedor!

O garoto, atônito, não compreende. E o pai esclarece: - Isso que as pessoas chamam de eco, na verdade, é a vida.

A vida nos devolve tudo aquilo que expressamos, tudo o que desejamos de bom e de ruim aos outros. A vida nos retribuirá toda mágoa, inveja, desentendimento, desonestidade que você projetou, rogou contra aqueles que estão ao seu redor.

Nossa existência é simplesmente o reflexo de nossos atos. Se almeja mais amor, entendimento, êxito, harmonia, lealdade, cultive mais desses sentimentos no seu íntimo.

Se assim agir, a vida lhe presenteará com alegria, sucesso, amor das pessoas que o rodeiam.

Como esquecer
o que fizeste comigo?
Como ignorar a dor
em meu coração ferido?
Ele sangra e dói quando
me lembro da tua traição!
A cada batida em meu peito
ressoa solidão, solidão, solidão.
Tento esquecer e recomeçar,
talvez em teus braços
mesmo aprender a perdoar.
Olho para ti e meu corpo
arde de paixão, mas na minha
memória o desejo se mistura
com a tua traição.
Perdoar.
Será que algum dia conseguirei?
Esquecer.
Será que em algum momento
isso eu viverei?
Não sei...

Acreditei que superar um antigo amor seria simples. Pensei que bastaria virar a página, como se fosse o fim de um capítulo, e a trama da vida seguisse adiante. Contudo, a realidade é mais intrincada do que nossas expectativas, e aquilo que julgávamos superado ainda perturba nosso presente com suas lembranças.

Meus dedos ainda vacilam quando tento digitar seu nome. Minha essência se imobiliza ao vislumbrar seu semblante em minha mente. É uma dor que comprime meu peito, a consciência de que seus abraços já não são um refúgio para mim e a realidade de que essa perda só intensificou o amor que sinto.

Indago por onde você poderá estar, mesmo que seja eu quem se sinta à deriva. Interrogo-me se já encontrou a força para trilhar novos caminhos, enquanto eu me esforço diariamente para fazer o mesmo. E em meio a dúvidas e incertezas, percebo que, apesar do tempo decorrido, é como se você ainda estivesse aqui comigo.

Se a fragilidade me domina, é reflexo da falta do seu abraço, meu alicerce perdido. Se a amargura da existência me abate, é pela ausência do adocicado dos seus beijos.

Se minhas mãos vacilam, é pela falta das suas, que me davam firmeza. Se meus olhos perderam o brilho, é pela falta de razões para reluzirem.

Se meus lábios ressecam, é pelo fim dos encontros com os seus. Se meus cabelos estão opacos, é pela saudade de suas carícias.

Se meu estilo se alterou, é pela ausência de seus elogios que tanto apreciava. Se o desejo de viver se esvai, é pela dura realidade de estar sem você.

Ninguém está verdadeiramente pronto para encarar a perda. Ela deixa uma queimação no peito e um aperto no coração. Fere partes de nós que nem sabíamos que existiam! A perda é, sem dúvida, a dor mais profunda da alma humana. O amor, por sua vez, segue a mesma trilha incerta. Ninguém está imune.

Vivemos à deriva no oceano da vida, pois num instante tudo é harmonia, e no seguinte, tudo pode se desfazer. E essa dor, a da perda de um amor, ela nos remodela, altera nossas vidas por completo. Mas é verdade que, em todas as esferas da vida, o tempo é um aliado e novas perspectivas sempre acabam por emergir em nossa mente.