O Adeus Que Dilacera a Alma: Encarando a Dor do Amor Perdido

Despedir-se de quem se ama é despedaçar o coração; é deixar um pedaço de si para trás; é sentir uma dor que nem o tempo promete curar.

Quando o amor floresce, sonhamos com um sempre ao lado de quem nos é caro, e ao encarar a realidade de um fim, sentimos o peso do mundo desabar sobre nós.

Nos vemos sem rumo, sem lógica. Perdemos os motivos do sorriso e até a vontade de prosseguir. Contudo, por mais que doa, há de passar.

Uma despedida amorosa é sempre marcada pela dor; mas resistimos. E quem atravessa esse turbilhão e emerge, ganha força e prepara o coração para amar de novo.

Distante de ti sinto um vazio
Tua falta
Dilacera meu ser.
Saudade sem fim...
Aguardo
No limiar do sempre.
Sonhos aprisionados pelo relógio,
Risos subestimados.
Tua falta me atormenta
Torna-me cativa;
Cativa sob o jugo do tempo
Que comanda;
Comandos que ferem
E fazem sangrar minha alma.
São Instantes Imortais
Uma eternidade desbotada
Onde as flores não exalam
E as estrelas não cintilam...
Uma espera torturante.
Lágrimas de um amor distante;
Lágrimas que banham meu afeto.
O tempo escorre
E o amor se esvai.
Perdido, clama por auxílio...
Vem resgatar este amor
E pôr fim a estes
Instantes Imortais.

Quantos já não amaram antes de mim? Quantos já encontraram a felicidade, sofreram perdas, disseram adeus? Mas por que, quando chega a nossa vez, a dor parece insuportável?

Ainda sinto o calor dos seus lábios nos meus, ainda visualizo seu rosto repousando no travesseiro ao meu lado, ainda ouço seus passos ecoando pelo corredor, e sua risada, que preenchia a casa com alegria, ainda ressoa em minha memória. Recuso-me a lembrar do brilho triste em seus olhos, não quero escutar seu pranto, não desejo ver o reflexo das minhas próprias lágrimas no espelho.

Parece que foi ontem que nos amávamos, que nos abraçávamos e fazíamos promessas de um amor sem fim. Mas há momentos na vida que fogem ao nosso controle. Então, por que é tão árduo pronunciar um adeus? Por que cada palavra de despedida corta tão profundamente?

Eu o observava diariamente, incessantemente, em cada instante. Contudo, jamais o sentia próximo. Meu coração não se alvoroçava mais como outrora e o fervor que antes me sufocava já não existia. Tudo se tornou hábito. Um hábito que escolhemos e que, paradoxalmente, nos separava. Expressões automáticas, proferidas sem pensar, desprovidas de emoção e, às vezes, desprovidas de sentido também.

Refletindo sobre o passado, indago-me sobre o início de tudo. Em que ponto despencamos nesse abismo que nos dilacera antes mesmo de tocarmos o solo. Ele não responde a esses questionamentos e, ah, como eu queria ter as respostas. Nossa existência se converteu em mera penumbra e agora perambulo sozinha pela morada.

Tão próximos, mas igualmente distantes. Tão presentes, contudo igualmente ausentes. Aprendi que o amor não se quantifica pelas distâncias, mas sim pela intensidade que ele desperta em cada ser.

Você permanece em cada pensamento meu. Acordo todo dia sentindo que ainda somos um só. Contudo, a realidade insiste em me golpear, revelando que nosso namoro se desfez.

E isso machuca! Machuca demais! Sinto uma dor lancinante ao saber que poderíamos reconstruir nossa história; a dor é porque acredito que cada amor só deveria se findar com um ponto final definitivo. E o nosso, veja bem, mal deixou o começo! Imploro, meu bem, retorne para mim!

Minha querida amiga, sei que encarar o novo pode dar um frio na barriga, mas confie, não há nada a temer. Este momento é um divisor de águas, e mesmo que muitas coisas estejam mudando, isso não quer dizer que seja ruim.

Encare essa nova fase, essa reviravolta, como a chance de reconstruir e reiniciar sua trajetória. É a hora de descobrir alegrias em lugares onde menos esperamos. Celebre essa oportunidade de renascimento e encare as transformações com ânimo, pois elas prometem trazer muitas surpresas positivas!