O Tapeçar da Existência: Reflexões Poéticas

Caminhamos e vertemos lágrimas,
onde os oceanos alçam voo e o firmamento
é o porto de todas as indagações.
A existência é vastidão,
a essência da cria e o recanto onde
o amor floresce por seres e feras.
A vida se desenrola em calmaria,
é afeto, é ardor, é o que a alma anseia.
Na vida, a claridade errante encontra
abrigo no âmago de cada ser.

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Alvorada de Reflexões

A aurora se apresenta;
O astro rei espreita no confim;
Agitação interna me consome
pela dúvida do que virá a mim;
É como se de repente o mundo ao redor
perdesse toda sua razão de ser.
Lágrimas brotam,
e a causa me foge ao entender.
Observo aves em voo sereno,
parecem ter clareza em sua demanda
e no achado de seu destino;
Indago-me sobre
meus anseios e onde os encontrar.
As aves sumiram no céu,
e eu me afundo em reflexões.
Que convicção posso ter
nesta imensa confusão?
O que me garante que
estou de fato vivo e não extinto?
Parece haver um véu
que o sol acaba de transpor.
Poderei eu levantá-lo e espiar
o que se desenrola ali
e qual cena se projeta em minha existência?
Viver sem respostas
a essas indagações é angustiante;
ignorar o roteiro do filme que envolve
minha existência é triste e causa dor.
Então, qual deve ser meu ato?
Sentar e aguardar o desenrolar dos eventos? Jamais!
É essencial que eu mesmo elabore
o roteiro do filme que almejo para minha vida
e certamente voarei livre como as aves!

A Essência da Existência: Uma Ode à Vida

Apenas a existência espelha o supremo do cosmos
Apenas a existência desvenda o supremo em ti
Apenas a existência compreende
o idioma da nostalgia, do afeto, da
autenticidade.
Apenas a existência, apenas a existência.

Que o solo encontre o oceano, ou a
estrela da noite no astro refulgente, mas apenas a
existência vai fazer com que teus
desejos perdurem incessantemente.
E sinto orgulho
Apenas da existência, apenas da existência.

Reflexões sobre a Família e as Aparências Perfeitas

É comum lançarmos olhares curiosos para a rotina dos vizinhos e começarmos a fantasiar como seria nossa existência se tivéssemos crescido em outro lar. Fazemos comparações entre a dinâmica familiar alheia e a nossa, e por vezes nos pegamos acreditando que a do outro é de fato mais alegre.

No entanto, quando esse tipo de ideia aflora, muitas vezes desconsideramos que o que é exibido para o mundo pode não refletir a realidade. Mesmo que possa parecer verdade, ter uma relação amistosa com outra família não garante um entendimento exato de como são as interações cotidianas.

Tendemos a achar que a existência alheia supera a nossa em felicidade, e que o conceito de família ideal jamais se aplicará à nossa. Ao nos apegarmos a essa visão, restringimos o padrão de família perfeita, impedindo que reconheçamos tal qualidade em qualquer outra, inclusive na nossa.

Todas as famílias possuem suas semelhanças e diferenças, enfrentam desafios distintos e os superam de maneiras diversas. Apesar dos obstáculos, família é um elo inalterável; seu irmão sempre será seu irmão e assim sucessivamente.

Olhe para sua família sob uma nova perspectiva, moldando-a ao seu ideal de lar. Ainda que a perfeição seja inalcançável, transforme os defeitos em valiosas lições e faça do seu núcleo familiar o mais especial que há.

Reflexões Sobre a Efemeridade da Vida

Nenhuma onda se repete
No vasto oceano salino
Assim como não retorna a existência
De quem se foi sem previsão de volta
São os ditames incompreensíveis
Desse mundo de sangue e mel
Que afasta os seres amados
E até os que pouco nos importam
Levando-os para um adeus sem fim
E desenhando lágrimas em meu olhar

É doloroso admitir o fim na existência
Confrontar o término que se impõe
Aquilo que tanto desejamos manter

É a vida que segue seu curso
Sem razão ou explicação
Simplemente se vive e se finda

Reflexões Sobre o Olhar Alheio e o Autoconhecimento

É curioso como é simples vasculhar a mente alheia, apontar os deslizes alheios, emitir pareceres em dilemas alheios, destacar as falhas dos outros, orientar a prole alheia, criticar as falhas dos pares, emendar os equívocos alheios, sugerir o trajeto correto aos transeuntes, prescrever calma aos aflitos e corrigir os vícios dos que caminham conosco...

Contudo, ao nos perdermos nessa vigilância externa, não somos mais que estudantes que, de forma leviana, esquivam-se da verdade e do aprendizado.

Ao nos desviarmos do autoexame, esquecendo de pôr em prática os ensinamentos elevados que professamos com fé, somos apenas cegos do âmbito íntimo, abandonados na escuridão.

Despertemos em nós mesmos, ativemos nossas forças mais íntimas para que o ensino de Cristo não seja em vão, sem frutos para nossa existência, pois o maior infortúnio para nossa alma eterna é aquele que nos atinge quando a graça divina é desperdiçada por nós!