Na Solitude, Escolho Minha Melhor Companhia

Estou solteiro, mas na agradável presença de mim mesmo, que é a minha companhia predileta.

Opto por viver. Vivo por decisões que são minhas, sou quem faz as escolhas. E decidi não deixar a vida ao acaso, não confiar apenas na sorte.

Escolho transformar na minha vida o que sinto que deve ser mudado. Sim, tomar iniciativas, pois para quem não tem iniciativa, qualquer pretexto serve para permanecer estagnado.

Escolho ser otimista, pensar de forma positiva e ser motivado, e não ser pessimista, fatalista ou influenciável. Escolho ser útil, não inútil.

Escolho me destacar entre os demais por minhas habilidades, e não vencer a qualquer preço.

Escolho ter autoestima e não autopiedade. Escolho escutar minha própria voz, a voz do meu coração, e não apenas seguir as opiniões alheias.

Escolho confiar em mim e viver a minha vida, e não viver as expectativas que outros têm para mim.

Escolho a dor da saudade a viver com um vazio na alma, escolho a falta a não ter alguém para ansiar. Por vezes machuca, e há instantes que fere o coração, mas quem prova o gosto da saudade sabe que carrega dentro de si um amor genuíno.

Escolho a saudade, mesmo sem saber como lidar com ela. Abraço esse calafrio na alma, pois onde quer que estejas, és parte essencial de mim.

Descobrir a solitude pós-rompimento se assemelha ao ato de andar: tropeçamos, mas nos levantamos.

Descobrir-se em meio ao silêncio e à solidão é, sem dúvida, uma forma ímpar de entender nossas próprias barreiras e temores. É nesse instante de introspecção que temos a chance de ponderar sobre comportamentos antigos, questionar escolhas equivocadas ou até cogitar novos caminhos para o crescimento pessoal. O provérbio "melhor só do que mal acompanhado" reflete a vantagem de se isolar por um tempo, longe de qualquer influência externa.

Nossas ações são, muitas vezes, um reflexo do tratamento que recebemos. No entanto, ao exercitar o pensamento crítico, percebemos que podemos reagir de maneira mais construtiva diante de discordâncias. Essa consciência, sem dúvida, aprimora nossas relações interpessoais imensamente.

Decisões tomadas no calor do momento podem resultar em lamentos futuros. Para mudar aspectos de si que não lhe agradam, é crucial ter a habilidade de meditar sobre suas próprias atitudes. E para pôr isso em prática, é essencial aprender a desfrutar da própria companhia, sem sentir dor; afinal, como oferecer boa companhia se não consegue estar em paz consigo mesmo?

A solitude, quando encarada de maneira positiva, pode ser uma grande aliada. Cultive o apreço por si mesmo na quietude da solidão. Isso também o ajudará a fazer escolhas mais acertadas em relação às pessoas ao seu redor, pois a ausência de companhia não será mais vista como algo negativo.

O afeto parece dialogar em códigos que me são estranhos. As pessoas discorrem sobre alegria e ostentam seus risos de entendimento mútuo. Nas páginas, repousam contos de amores que transformaram os protagonistas. Contudo, para mim, o amor só trouxe mágoas e desilusões.

Já não nutro esperança de que meu momento chegará, e meu coração já não se abre para a doçura dos romances. Talvez o futuro me mostre equivocada, mas por ora, escolho o sossego da minha solitude.