Sem sua permissão

Outras pessoas só podem fazer você se sentir inferior se você permitir. Não é porque alguém disse algo que essa coisa é necessariamente verdadeira.

A melancolia é um visitante que não escolhemos. Chegará um instante em que ela vai tocar a campainha do nosso íntimo e, sem pedir permissão, vai se acomodar num canto que não é seu. E ali ela vai permanecer, além do tempo que merece.

É nossa responsabilidade saber como mandá-la embora. Porém, meu amado companheiro, compreendo que nem sempre é simples enfrentá-la, e essa indesejada melancolia pode ser incrivelmente persistente.

Contudo, batalhe, mostre bravura, entenda seus próprios limites e, se a energia escassear, a minha estará sempre pronta para você. Estarei sempre aqui, ao seu lado, para auxiliar, incentivar, dar alento ou apenas para fazer companhia.

Meu amor, jamais ceda! Erga o olhar e encare essa melancolia com um sorriso audacioso, e gradualmente notará como os dias começarão a raiar mais brilhantes.

A saudade é implacável! Ela fere, ela arranha! A saudade não solicita permissão para estourar o coração – ela simplesmente toma de assalto qualquer tranquilidade. Ela aniquila a paz! Ela é um teste árduo, é uma transgressão até para as emoções mais sombrias.

A saudade é intensa. Ela compartilha emoções sombrias; ela incita lágrimas. Ela converte dias alegres e otimistas em tormentos ao despertar. Contudo, a saudade também é uma verificação: ela reflete a conexão, o esforço prévio.

Saudade é apenas saudade. Não deixe que ela esgote sua vitalidade mais do que o indispensável!

Não possuo raízes terrenas, vejo o firmamento e o solo como meus progenitores;
Desprovido de um teto, encontro no meu ser o meu refúgio;
Ausente de dons divinos, elevo a retidão como minha força;
Sem recursos, adoto a mansidão como meu caminho;
Carente de encantos sobrenaturais, moldo meu caráter como meu encanto;
Vida e morte não me definem, abraço o fluir do tempo como existência e fim;
Sem uma forma física, cultivo a resiliência como minha estrutura;
Desprovido de visão, capto o brilho dos relâmpagos como meus olhos;
Sem audição, faço da percepção meus ouvidos;
Despossuído de extremidades, faço da agilidade meus membros;
Sem leis a seguir, adoto a autodefesa como meu código;
Sem estratégias traçadas, abraço a liberdade de viver e renascer como meu plano;
Sem uma figura definida, utilizo a sagacidade como minha forma;
Sem prodígios à mão, vejo na equidade meus milagres;
Sem princípios imutáveis, faço da versatilidade meus alicerces;
Sem táticas delineadas, faço da velocidade minha manobra;
Sem companheiros, faço do meu intelecto meu par;
Sem adversários, identifico na temeridade meu oponente;
Desarmado, visto a bondade e a integridade como minha couraça;
Sem fortalezas, faço do inquebrantável espírito meu reduto;
Sem lâmina em punho, forjo nos sonhos da consciência minha espada.

Assim como o poeta nos ensina, só se aprende a amar amando. E essa é uma grande verdade. O caminho do amor pode ser longo, repleto de dor e lágrimas. Isso acontece porque existem incontáveis maneiras de demonstrar amor. Cada pessoa que cruza nosso caminho desperta em nós uma maneira única de amar. No fim das contas, amar é um misto de compatibilidade e loucuras.

Com o passar dos anos, entre idas e vindas de amores e desilusões, aprendemos uma série de lições: amar envolve ouvir sem interromper, falar sem acusar, oferecer sem esperar retorno, ter esperança mesmo quando a fé vacila, questionar sem exigir respostas, aceitar as diferenças sem queixas, compartilhar sem segundas intenções, confiar sem hesitar, perdoar sem julgar e prometer sem jamais esquecer.

Nada fazia sentido em sua trajetória...
A essência de seu ser parecia um acaso, e
Ele resistia à aceitação... destacava sua sabedoria em breves instantes de compreensão..

Sua existência era uma sequência de narrativas sem mérito algum...
Surgiu do vazio, sem intenção, lá se encontrava..
Porém, quase apagado de si mesmo....

Andava sem compreender nada... ansiava por uma resposta singela, para um enigma que não guardava segredos... seu íntimo gritava!!!
Contudo, tudo permanecia como antes...

Seu universo se partia... no mais profundo e oculto..
Desprovido de respostas, seguia seu caminho, incapaz de reter qualquer palavra em si...

Seus pensamentos se esvaíram e suas lágrimas, agora sem propósito, se converteram..
Um mistério pairou no ar, e talvez uma eterna dúvida em sua mente tenha ficado...

Sua alma já não o convocava....
Sua voz se tornara inaudível... suas mãos não mais sentiam; seu corpo estava tomado pelo frio..
Num lugar que, quem sabe, um dia almejou... e assim, sem um adeus, um dia partiu...