Reflexo de Amor Próprio

Posicione-se perante o espelho e encare-se com a ternura de quem tem amor. Quando nutrimos carinho por alguém, ignoramos as imperfeições e nossos olhos buscam o que há de mais interessante, o que há de único e encantador, tanto interna quanto externamente.

Sua beleza é inquestionável, desconsiderando falatórios, tendências, conselhos estéticos ou padrões. Você é singular, é notável. Exalte a sua existência, suas vivências, seus atrativos, sua graça e sua beleza genuína.

Cultive amor-próprio, zele por si, honre-se e nutra sua autoestima. Mire-se com benevolência, mire-se com a doçura de quem ama, não seja severa ou implacável consigo. Diante do espelho, imagine por breves instantes que observa uma estranha e busque as características mais belas em seu semblante, em sua forma e no seu olhar.

Ninguém é capaz de nutrir amor por outrem sem antes cultivar o carinho próprio. A visão que as pessoas têm de nós não passa do reflexo que projetamos para elas, o espelho do que sentimos por nós mesmos.

O amor mais profundo e constante deve ser o que cada um sente por si. Portanto, antes de tudo, cultive o autoapreço!

Dentre todas as formas de amor, existe uma que supera todas as outras; que é mais intensa que todas elas combinadas. É o amor singular que possibilita ser a própria verdade, viver de fato; rir livre de temores, chorar sem arrependimentos.

De todas as variantes de amor que há, o amor próprio é o mais valioso, o mais essencial, o mais iminente. Ame-se agora! Não desperdice nem mais um instante sem se amar de verdade! Ame-se sem demora!

Cultivar o amor próprio é, sem dúvida, uma das mais intrincadas artes que nós, seres humanos, temos que dominar, mas é essencial. Esse sentimento de afeto por si mesmo é o mesmo que irradiamos para aqueles que compartilham conosco o cotidiano.

Feche os olhos, permita-se uma jornada até o vazio, inspire profundamente e libere o ar com calma. Mantenha-se de olhos cerrados e, então, abra cada porta interna que estiver trancada. A porta do amor, da sinceridade, do contentamento, e a mais almejada: a da Paz Interior. Feche as portas que, abertas, batem ao sopro das tempestades, como a da inveja, da insegurança e da ausência de plenitude.

Não pretendo ser mestre de ninguém, apenas compartilho o que aprendi até agora. Quem sabe amanhã você tenha ensinamentos para dividir com alguém, frutos do que aprendeu ou descobriu ao contemplar sua imagem distorcida nas águas de um rio que flui, ininterrupto, mesmo sob correntezas suaves.

Jamais negligencie o amor que sente por si mesma. Ainda que alguém tenha grande significado em sua existência, é essencial que se priorize. Portanto, mesmo sob a tentação de acreditar no oposto, recuse-se a ser diminuída ou a ter sua autoestima abalada.

A desilusão começa quando se duvida do próprio merecimento do amor. Assegure-se de reconhecer o seu valor, pois é você a protagonista na busca pela própria alegria.

O afeto nasce no íntimo de cada ser! Pode ser que o globo todo te admire, valorize teu modo de enfrentar a vida e o trato com as pessoas, mas se não encontrar satisfação em ti mesma, a felicidade será uma ilusão.

É justamente por isso que tua postura precisa de transformação! Cultive o amor próprio com a mesma necessidade que tens de respirar e escolha a alegria para o seu agora. O amor está em tuas mãos; exclusivamente tuas!