Razão e Fé: O Uso dos Dons Divinos

Não me sinto obrigado a acreditar que o mesmo Deus que nos dotou de sentidos, razão e intelecto, pretenda que não os utilizemos.

Não há privilégio igual ao que nos permite testemunhar a grandeza da criação todos os dias e dela poder participar. A vida é o maior de todos os dons e por ela eu te agradeço, meu Deus!

Poder levantar de manhã e contemplar o extraordinário mundo que me rodeia. Poder compartilhar meus dias com pessoas maravilhosas que amo e que me amam. Ser capaz de sonhar, lutar por esses sonhos e, eventualmente, vivê-los.

Tudo isso devo a Ti, meu Deus, e por tudo isso Te agradeço de todo o coração!

Os dons de Deus são fornecidos em sementes. Precisamos plantar, cuidar e frutificar.

Querida cunhada,

Alguns dons divinos são discretos e nos escapam aos olhos, mas outros, como a sua presença, são imediatamente reconhecidos e profundamente agradecidos desde que surgem em nossas vidas.

Desde que chegou à nossa família, você mostrou quem realmente é, sem buscar nossa validação, mas simplesmente por ser quem é: uma pessoa generosa e sempre disposta a ajudar!

Sinto imensa alegria em tê-la como cunhada e poder chamá-la de amiga! Tenha certeza de que também encontrará em mim um apoio constante e um ombro amigo para todas as horas!

Não possuo raízes terrenas, vejo o firmamento e o solo como meus progenitores;
Desprovido de um teto, encontro no meu ser o meu refúgio;
Ausente de dons divinos, elevo a retidão como minha força;
Sem recursos, adoto a mansidão como meu caminho;
Carente de encantos sobrenaturais, moldo meu caráter como meu encanto;
Vida e morte não me definem, abraço o fluir do tempo como existência e fim;
Sem uma forma física, cultivo a resiliência como minha estrutura;
Desprovido de visão, capto o brilho dos relâmpagos como meus olhos;
Sem audição, faço da percepção meus ouvidos;
Despossuído de extremidades, faço da agilidade meus membros;
Sem leis a seguir, adoto a autodefesa como meu código;
Sem estratégias traçadas, abraço a liberdade de viver e renascer como meu plano;
Sem uma figura definida, utilizo a sagacidade como minha forma;
Sem prodígios à mão, vejo na equidade meus milagres;
Sem princípios imutáveis, faço da versatilidade meus alicerces;
Sem táticas delineadas, faço da velocidade minha manobra;
Sem companheiros, faço do meu intelecto meu par;
Sem adversários, identifico na temeridade meu oponente;
Desarmado, visto a bondade e a integridade como minha couraça;
Sem fortalezas, faço do inquebrantável espírito meu reduto;
Sem lâmina em punho, forjo nos sonhos da consciência minha espada.

Os dons de Deus têm de edificar a Igreja, não provocar gritaria e balbúrdia.