Pluma ao Vento: Entre Amor e Silêncio

Como pluma ao vento que
desliza e some sem marca,
quem padece em silêncio ou
vive um amor sem barca.

No encontro dos sentires a
emoção rola o dado, e
brotam pétalas ou melodias
no ser que se faz amado.

E clamam aos oceanos os
espíritos mais atormentados, os
eternamente coroados, e glória
ao afeto é chão que encerra a
majestade do sofrer sem que se
padeça mais do que a dor, pois
alivia quem não sente e festeja-se
o amor em nossa ponte.

POEMAS RELACIONADOS

Essência Feminina: A Suprema Verdade do Amor e Beleza

No íntimo silêncio de um ser
repousa a essência pura de
uma alma feminina; de qualquer
dama; de todas as esplêndidas
criaturas que, sem o manto da
beleza, ainda são mulheres e
por essa razão sozinhas guardam
a suprema verdade do universo.

Essa verdade é o amor que faz
tremer a terra e espalha feixes e
melodias; melodias e feixes de
todo tipo; de qualquer dama
que exista.

O sofrimento do globo não é
culpa de uma alma qualquer, mas
de um ser nomeado mulher
tal como outro qualquer, igual a
qualquer dama.

A verdade mais profunda que há
é aquela que, cantada, se perde
no vento, mas, quando gravada
em palavras, permanece no
testamento de inúmeras
mulheres que, através dos tempos,
fizeram-nos mais capazes, mais
plenamente felizes.

Amor Não Recíproco: A Batalha Pelo Afeto e o Silêncio do Desenlace

A verdade é que nem todo amor se constrói com empenho e entrega mútua. Se assim fosse, você estaria agora em meu abraço, pois foi por seu afeto que incansavelmente batalhei.

Aprendo agora que não devo mais me esgotar por quem não valoriza. Aguardei com esperança um gesto seu, contudo, o que recebi foi apenas o eco do seu silêncio.

Compreendo, enfim, que certas paixões estão fadadas a nunca se concretizar!

Noite de Versos e Saudades: Uma Elegia ao Amor Perdido

Posso traçar as linhas mais melancólicas esta noite.
Redigir, por exemplo: "O céu brilha salpicado de estrelas,
e tremem, azulados, os astros distantes".
O sopro noturno dança pelo firmamento e entoa.

Posso traçar as linhas mais melancólicas esta noite.
Amei-a, e por vezes, ela também me amou.
Em noites assim, ela estava em meus braços.
Seus lábios beijei sob a vastidão celeste.
Ela me amou, por vezes, eu também a amava.
Como ignorar o brilho de seu olhar intenso.

Posso traçar as linhas mais melancólicas esta noite.
Pensar que não a possuo. Sentir que a perdi.
Ouvir a noite ampla, ainda mais sem sua presença.
E a poesia toca a alma como orvalho na relva.
Que importa se meu amor não conseguiu retê-la.
O céu brilha salpicado e ela não está comigo.

Isso é tudo. Ao longe alguém entoa uma canção. Ao longe.
Minha alma não se satisfaz por tê-la perdido.
Meus olhos a procuram, querendo aproximá-la.
Meu coração a busca, e ela não está comigo.
A mesma noite que alveja as mesmas árvores.
Nós, de outrora, já não somos os mesmos.

Já não a amo, é verdade, mas quanto a amei.
Minha voz buscava o vento para alcançar seu ouvido.
De outro. Será de outro. Como antes dos meus beijos.
Sua voz, sua silhueta límpida. Seus olhos vastos.
Já não a amo, é verdade, mas talvez ainda a amo.
É tão efêmero o amor, e o esquecimento tão extenso.

Pois em noites como esta, quando a tive entre meus braços,
minha alma não se satisfaz por tê-la perdido.
Embora este seja o último pesar que ela me causa,
e estes sejam os derradeiros versos que lhe dedico.

(Pablo Neruda)

Ecos de um Amor Inabalável

No esplendor de um sentimento sublime
não sucumbo ao passar das horas ou ao
oceano, à flora ou ao solo – a tudo que
concede serenidade à existência.

E se surgir algo de uma beleza ímpar que
para ti pareça menor ou simplesmente
uma luz de esperança ou um dueto
de almas em sintonia, seja luz ou sombra.

Desvio do caminho ou a ele retorno,
acelero o passo ou diminuo o ritmo,
buscando escapar das amarras do afeto
se for teu desejo.

Sob o manto celeste, o amor persiste em
pensamentos de flores desfolhadas ou
levadas pelo sopro do vento, no conflito
ou na fortuna, assim permanece nosso amor, tão nosso.

O Vínculo Inquebrável de Amor Materno

Antes mesmo de eu surgir ao mundo,
Já estávamos ligados por um laço profundo;
Amor gravado no meu ser, infindo;
Mãe, nossa harmonia é como o vento, fluindo.

No encontro dos nossos olhares,
Transbordam sentimentos, laços tão rares;
Em seus braços encontrei o meu lugar
Desde aquele instante, para sempre a me amparar.

Tenho em você mais que uma guardiã,
Pronta a lutar por mim até o fim;
A me incentivar, com força titã,
Para enfrentar desafios e nunca desistir.

Mãe, tua essência é única, verdadeira,
E o que sinto é profunda gratidão;
Anseio retribuir tua dedicação inteira
E trazer alegria ao teu generoso coração.