Libertando-se da Culpa e do Arrependimento

Quem aí não gerou uma confusão ou já se viu errando feio na vida? Essas experiências, sem dúvida, são comuns a muitos, e com elas, frequentemente, surge um peso no peito: a culpa.

Essa sensação de arrependimento costuma se alojar por longos períodos, aprisionando a pessoa em uma vibe negativa que nada tem de otimista. Deixar esse sentimento tomar conta é valorizar demais o próprio tropeço, o que só diminui as possibilidades de se sentir plenamente livre.

Ao estender esse estado de coisas, só afastamos a alegria do nosso dia a dia, acostumando-nos a uma vida de coração pesado e sempre se culpando pelos deslizes lá de trás. E, ao fechar as portas para a felicidade, tornamos ainda mais complicado nos desvencilharmos dessa culpa interminável.

Dedique-se com afinco para conquistar sua liberdade o quanto antes. Lembre-se de que todo mundo tropeça e que o passado é imutável, mas se conseguir se livrar da culpa e mudar seu comportamento, seu futuro pode ser bem menos sombrio.

Uma infância problemática, em alguns casos, pode causar traumas irreversíveis na pessoa. Os traumas de infância que você pode ter experimentado não são sua culpa. Não sinta remorso ou o peso da culpa que alguém colocou sobre você. Não dê ouvidos às palavras tóxicas que lhe disseram no passado. Você é mais forte do que pensa e tudo que está sentindo vai passar.

É uma característica do ser
humano o paradoxo.
O que ocorre com os
grupos, se manifesta em cada
um de nós.
Impulsivamente, uma parte do
nosso eu rompe o estado de
realidade, quebra o equilíbrio,
e por não tolerar o bem, traz para cada um de nós
uma dose de infelicidade,
como se essa infelicidade
viesse restaurar a culpa e
corrigir o dano (de ser feliz).
É por isso que os laços se
rompem, os afetos se
dissolvem e o sonho se desfaz.

Libertando-me das correntes que me causavam desconforto, alcancei a liberdade para alçar voo.

Confessei uma mentira e a dor do arrependimento me consome.
A culpa não me abandona, e a justiça da vida pesa sobre mim. Sei que você, meu amado esposo, não merecia tal engano. Você, que é o amor da minha vida, que sofreu por minha causa. Imploro seu perdão. Sua presença é o ar que preciso para viver. E meu coração está repleto de remorso.

Não desista de nós. Não permita que eu me afunde em desespero. Vejo a dor que causei refletida em seus olhos, mesmo na mais profunda escuridão. Anseio por uma chance de redenção. Desejo provar que ainda posso ser a fonte de felicidade e paz para nossa família. Não há desculpas para o erro que cometi, para a dor que lhe causei. Fui insensata, uma tola. Errei por ser humana. Menti. E agora, suplico por sua compaixão. Sem o seu perdão, minha existência perde o sentido. Prometo, com toda a sinceridade, nunca mais lhe causar tal sofrimento.

Ao longo de nossa existência, enfrentamos um emaranhado de decisões e dilemas. É um aspecto intrínseco ao viver e não há espanto no fato de que algumas opções possam parecer incorretas ou tenham sido adotadas erroneamente.

Sentir remorso por palavras proferidas ou por um caminho mal trilhado é algo absolutamente comum e não deve ser motivo de vergonha. Contudo, esse pesar nunca deve se converter em rotina; não é saudável recorrer a justificativas como se fossem banais ou capazes de atenuar os efeitos de um equívoco.

O que se passou, passou; não há como reverter, mas mesmo que grave tenha sido o deslize, ninguém deve carregá-lo eternamente. Um arrependimento genuíno é essencial, porém, viver atormentado por erros pretéritos prejudica as decisões que ainda virão.

O temor pode se apossar, impedindo a audácia de se aventurar, o que em alguns momentos seria extremamente proveitoso. Não deixe que o receio domine seu ser; peça desculpas aos envolvidos, empenhe-se para alterar condutas errôneas, libere-se do peso da culpa e siga adiante com determinação.