Lar Oceânico em Cada Onda

Não interessa a praia, só preciso olhar, tocar ou ouvir suas ondas para me recordar: ali é onde sinto orgulho de chamar de lar.

Permaneci esta noite em teu aposento,
qual claridade lunar adentrei, sem alvará
solicitar. Feito sopro oceânico
depositei minha face junto à tua.
Qual ninhada acolhida
aconcheguei-me em teu abraço.

E tal qual colibri que do néctar se apropria
assim são meus beijos
em tua boca. E como cerração que
se dissipa ao toque do sol, assim
sinto-me, ao alvorecer deste novo dia!

Em uma residência, duas cadelas coabitavam. Uma era dissimulada e enganadora; a outra, franca e de coração nobre. Certa vez, a enganadora solicitou auxílio à sua amiga e colega de lar.

- Comadre, logo vão nascer meus cachorrinhos. Poderia me oferecer um espaço no seu lar para que possam vir ao mundo seguros?
A cadela bondosa, tocada pelo pedido, acolheu a outra.
- Minha morada é pequena, então fique à vontade aqui e eu me viro por aí até que seus pequenos cheguem.
- Grata, minha amiga - expressou com falsa emoção a traiçoeira.

A dona do lar passou três noites ao relento. No quarto dia, retornou.
- Agora que seus filhotes vieram ao mundo, desejo minha casa de volta.
- Oh, mas olhe como são frágeis. Permita-me ficar só mais uma semana.
- Tudo bem, mas é só mais sete dias.
Findo o prazo, mais uma justificativa esfarrapada surgiu:
- Meus filhotes ainda são muito pequeninos, conceda-me mais um mês.

E a cada regresso da cadela altruísta, a astuta pedia mais tempo, até que um dia, ao exigir a devolução de seu lar, se deparou com sete cães robustos que lhe mostraram os dentes ferozmente. Eram os descendentes da cadela mal-intencionada, já crescidos.
- Quer sua casa de volta? Então venha e a tome.
E avançaram sobre o pescoço da cadela íntegra, ferindo-a até que sucumbisse.

Moral: Afasta o mal do teu lar e da tua existência antes que ele ganhe força.

Querido amor, recorda-se daquele momento mágico em que, de mãos dadas, selamos um compromisso eterno de amor e cuidado mútuo, independentemente do caminho que a vida nos reservasse? Desde aquele instante, sonhamos acordados e, lado a lado, tecemos fantasias, nutrimos doces esperanças e alimentamos o desejo de que, de dois, nos tornássemos três.

Meu querido, o dia tão esperado finalmente chegou – a realidade vai superar o sonho, pois estou grávida! Vamos acolher nosso primeiro filho!

E como meu coração salta de felicidade e expectativa, uma onda de energia inédita percorre todo o meu ser. Uma nova existência se faz presente em mim, um ser que veio de nós, que juntos vamos zelar e amar infinitamente.

Meu amado esposo, estamos diante de um novo capítulo de nossas vidas, onde novos sonhos devem ser moldados em nossa imaginação. Com a mesma dedicação, vamos preparar cada detalhe para receber essa centelha de luz e amor em nosso lar, em nossa rotina, e para sempre em nossos corações!

Hoje, os sinos ressoam
na cidade, ecoa uma despedida.
O rosto, agora sem traços,
seu olhar se dissolve na leveza do amanhecer.
Uma onda perturbadora,
um arrepio de horror
invade a alma na solidão.

Páginas sagradas e papéis ao vento
guardam a chave do enigma:
Por que?
Falas que acalentam.
O silêncio suplica um breve repouso.
Recordações que se esvaem.

"Condolências, senhorita."
Não imaginei que alguém pudesse lamentar
essa alma tão cruelmente ceifada
no massacre do afeto.
No semblante lívido, reflete-se a dor
de uma perda imensurável.

Hoje não soam só os sinos terrenos,
mas também os celestiais
proclamam a partida
de mais um espírito rumo ao abismo.
E ele declara:
Bem-vinda ao seu novo lar eterno!

Saudações calorosas, queridos estudantes e mestres! Que este espaço seja um lar para todos e que a serenidade nos guie em cada passo. Aqui, vivenciamos uma troca rica: ensinamos e aprendemos, professor e aluno, num ciclo contínuo de crescimento mútuo.

Encarem cada amanhecer com a convicção de que o saber é fruto de dedicação e empenho, jamais um presente do acaso ou da simples sorte. Que este ambiente se transforme em um pedacinho do lar de cada um. Sejam todos muito bem-vindos!