Ecos de um Amor Incondicional

Como hei de eu, ser de emoções tão vivas,
Olvidar o amor eterno que me habita?
Se em meu peito, ainda pulsante,
As marcas latejam mais que nunca?
Como ignorar tua lembrança sorridente
Se em cada riso que surge
É o teu que busco reencontrar?
Foi teu olhar que me fez selar
Este sentimento com fervorosa entrega,
Que, entranhado em minha essência,
Qual doce e amargo estilete,
Me deixa em fragmentos
De um desejo insuportável por te ter
Mesmo que seja por breves instantes...
Seriam, para mim,
Fragmentos de um viver jubiloso,
Pois padeço sem medida
Por não encontrar meio de esquecer
Que um dia,
Um celestial ser
Despedaçou meu coração...

Um amor tão exaltado e reverenciado, mas raramente observado ou comprovado de fato. Com sua frequente atribuição, é comum que o verdadeiro sentido desse amor se perca por aí.

O que se denomina incondicional é o que não aceita limites ou restrições. Mas será real esse amor incondicional? Existe quem ame sem barreiras, sem nada que contenha esse sentimento?

Parece mais provável que seja apenas o amor idealizado, que, por tanto ansiarmos, acaba por existir apenas em nossa fantasia. É o amor tão divulgado que, por instantes, se torna real e aceitável, mesmo que não seja recíproco.

Mas, espere aí!

Se esse amor não admite restrições, então tampouco precisa ser retribuído. Assim, está decidido. O amor incondicional é sublime, o mais intenso de todos, e certamente o mais vivenciado! É o que nos leva a dizer absurdos e, acima de tudo, a amar sem temer as consequências.

Em suma, é sem dúvida o mais puro e genuíno que há!

Por que falar se não me escutas?
Evitar o confronto não muda o cenário

Lágrimas não caem dos meus olhos
Se decidires partir
Por vezes o afastamento é curativo
E o turbilhão acalmará com o tempo

Lembro-te dos momentos em que flutuávamos entre astros
Das horas preciosas compartilhadas
Nosso desejo era simplesmente nos entregar ao amor
E agora tenho plena convicção
Que nosso conto não se encerra aqui
Pois a borrasca há de cessar

Após a tempestade, quando o dia clarear
Entreabre a janela e perceba: eu sou a luz
Eu sou o vasto céu e o oceano
Eu sou o infinito azul
E o meu amor é vastidão sem fim

Lembro-te dos momentos em que flutuávamos entre astros
Das horas preciosas compartilhadas
Nosso desejo era simplesmente nos entregar ao amor
E agora tenho plena convicção
Que nosso conto não se encerra aqui
Pois a borrasca há de cessar

Após a tempestade, quando o dia clarear
Entreabre a janela e perceba: eu sou a luz
Eu sou o vasto céu e o oceano
Eu sou o infinito azul
E o meu amor é vastidão sem fim

Após a tempestade, quando o dia clarear
Entreabre a janela e perceba: eu sou a luz
Eu sou o vasto céu e o oceano
Eu sou o infinito azul
E meu amor é uma imensidão sem limites.

O amor ecoou entre nós,
Desenhou contos sem dizer uma só palavra
De trocas de olhares tímidos,
Risos e um futuro partilhado.

E na incerteza do caminho
O amor foi o laço que nos uniu,
Firmou, entrelaçou nossas vidas,
Guiou-nos pelo mesmo trajeto.

Foi o amor, sim, o nosso amor,
Esse que se tornou nosso refúgio,
Onde juntos almejamos sempre
Torná-lo imortal!

Reflexões de um Sonho Vivido
Só percebemos o sonho após despertar,
quando ele se vai...
E nos invade o desejo de continuar
dormindo um pouco mais.

Existem seres que são como sonhos...
Sonhos pelos quais dormiríamos eternamente.
Contudo, o destino nos sacode bruscamente...
E arranca de nós esse sonho tão agradável...

Há pessoas que são como estrelas.
Doces luminares que adornam e clareiam
as noites sombrias de nossa existência.
Porém, chega a alvorada e nos priva com sua
luz daquela estrela tão encantadora.

Existem pessoas que são como flores.
Belezas singelas que enchem de alegria nossa jornada.
Mas, eventualmente, as flores se despedem, e nos
deixam com saudades de sua cor e fragrância.

Existem, enfim, pessoas que
são puramente amor.
Um amor doce como o néctar de uma flor...
que floresceu numa estrela
e que chegou até nós através de um belo sonho!
E que bom que são amor, pois flores,
estrelas ou sonhos, mais cedo ou mais tarde,
se vão... mas o amor...
O amor persiste infinitamente....

Nos desencontramos sem prévio aviso. Evaporamos sem um adeus, assassinamos nosso amor sem conceder-lhe uma última vontade, e ainda sufocamos seu derradeiro alento.

Quantas maravilhas poderíamos ter construído. Poderíamos ter vivenciado os sonhos que idealizamos.
Poderíamos ter optado por um trajeto menos árduo e carregado fardos mais suaves.

Mas escolhemos entrelaçar complicações nas trivialidades do dia a dia e transformar tudo que era simples em complexo. Escolhemos o isolamento silencioso, escolhemos nos encapsular em nossas convicções ao invés de buscar o diálogo.

Agora, estamos distantes, cada qual em sua rota, com um amor que se extinguiu sem justificativa e que jaz entre nós, não mais como uma via de conexão, mas como um obstáculo que nos divide.

Do que experimentamos, restou um amor perdido, malbaratado, estraçalhado. E agora é tarde, agora é distante, agora é melancolia.