Eco da Alma: O Peso da Dor Invisível

Não é nada, não
Apenas a vontade de chorar
Creio que seja nada mais
Só uma dor que insiste em ficar
Um vazio que não se completa
Uma solidão que sempre está
Uma pergunta que ecoa sem parar
Por quê?
Tudo parecia tão certo
Deveria ter percebido que
Um preço viria a ser cobrado
Por que tão alto?
É apenas tristeza
Não se aflija assim
Não vai embora
Mas eu me habituo
Aqui está tão gelado
E de nada serve fechar a porta
Só desejo que mantenha distância de mim!

Hoje, um peso imenso abate meu coração, e me vejo sem ninguém para compartilhar essa dor. O mais árduo é sentir-se abandonado na própria tristeza.

É compreensível que a tristeza nos visite de tempos em tempos, mas a falta de um confidente é o que mais me machuca.

Parece que estou invisível aos olhos do mundo, desejando apenas um pouco de compreensão, alguém para trocar palavras, para ouvir e ser ouvido.

Peço que compreendam meu desabafo, pois hoje a tristeza bateu à minha porta e estou sem forças para fechá-la.

Sinto uma falta imensa da época em que entendia meus próprios sentimentos. Daquela fase em que conhecia as razões das minhas lágrimas ou sorrisos. Dos instantes em que vivia cada pedaço da minha existência com intensidade. Anseio por cada cena que testemunhei e experienciei, pois sei que minha alma repousava em paz naqueles tempos.

Atualmente, ao buscar me reencontrar, enxergo sua presença em cada canto. A mesma dor, as memórias de promessas ocos, tão ocos que nem você nelas acreditava, dos compromissos de amor que me levavam a sonhar, e que aos poucos foram me conquistando.

Por mais que eu me esforce, não consigo compreender como pude me entregar a um amor tão arrogante, um amor que não sabe amar, que não consegue trazer felicidade nem se permitir ser feliz. Agora percebo todos os defeitos que antes me encantavam. Hoje, sinto um vazio que ainda não consigo descrever, e que quem sabe o tempo um dia me ajude a compreender.

Hoje tenho a certeza de que, de todas as sensações ruins que você me provocou, a pior ainda me acompanha: a lembrança de saber que alguém como você ainda existe. Sinto uma falta tão grande de mim mesma que só vou me reencontrar quando puder afirmar com toda calma que não me recordo mais quem você foi, é ou será. Infelizmente, nem sempre o que chega como amor, permanece como amor.

Preciso desabafar em lágrimas,
é a única forma de aliviar
esse peso que carrego no peito.
Porém, meus olhos estão secos...
Nenhuma gota para derramar.
Como purificarei meu espírito agora?
Aqui dentro, a angústia é imensa.
Não busque a verdade no meu olhar,
Ele só reflete um puro desalento.
Parece que ninguém pode me salvar,
Ninguém ainda se mostrou presente
Para declarar um sincero afeto,
Para assegurar que vai melhorar,
E que a vida ainda reserva esperança.

Busco exibir um sorriso
Simulo que está tudo em paz
Desvio-me do mundo
Porém, não acho refúgio
Pois, me descobrem sempre
E ao expressar-me, noto
Que jamais te contentas
O que mais desejas de mim?
Será que duvidas realmente
Dos meus sentimentos verdadeiros
O peso é grande demais
Precisas ver meu pranto
Para compreender minha dor?
Nas vezes que as lágrimas caíram
Apenas uma me trouxe alegria
Mas o que pulsa aqui
Já não possui significado
E por que captar
É isso, sinto amor por ti!
Mas, incertezas pairam...
Quem poderá entender?

Os laços de amizade são tesouros da existência, por vezes equiparáveis ou até superiores aos familiares. A dor da decepção, por isso, é tão profunda.

Hoje, as lágrimas escorrem pela traição daquela que chamava de melhor amiga, e me pergunto se ainda cabe tal título. Não previa que a dor fosse tão aguda, sufocando até o ato de respirar.

É o peso da realidade quando depositamos nossa total confiança e crença em alguém, e essa pessoa nos apunhala pelas costas. Assim foi com a melhor amiga que agora evito olhar, pois só de pensar nela, o coração aperta em sofrimento.