Desgosto por Atitudes de Entes Queridos

Sentir desgosto por atitudes de quem temos carinho é, sem dúvida, um dos momentos mais difíceis.

A finitude é um capítulo inevitável da existência, um fato conhecido por todos, contudo a aceitação desse destino comum não vem sem resistência. E compreensivelmente, pois o adeus aos entes queridos é uma dor profunda e lancinante.

Contudo, é essencial não ver a morte como um ponto final absoluto, mas sim como uma pausa na narrativa; aqueles que são verdadeiramente amados nunca se apagam por completo.

Cultive as lembranças com carinho e amor, revigore as experiências compartilhadas, guarde-as no mais íntimo do seu ser e compartilhe as histórias daqueles que se foram. Ao fazer isso, você permite que eles perpetuem em você, como um farol suave, porém perene, iluminando o seu caminho.

Extraio de teus lábios, o gosto adocicado
Desse teu afeto, que é certo como meu
E quanto mais degusto, mais valorizado
É o que o destino, em segredo, concedeu.

Tua pele macia
É o leito perfeito para o meu toque
Teu semblante, com teu olhar, me anuncia
A profunda essência do amor que nos sufoca!

Com paixão, me atiro em teu ser
Saboreando teus suspiros derradeiros
Abraço-te com toda a força que puder
E sonhos eternos vivemos, verdadeiros!

Sinto orgulho de teus traços tão reais
De tua sinceridade gélida e do travesso jogo
Com que me induzes, de maneiras casuais
A submergir num universo de prazeres sem desgosto.

Sentir vontade de ter a vida ou os bens de outra pessoa não é ruim se isso for um impulso para aprimorar a própria existência ou um exemplo positivo para se inspirar. Porém, quando essa vontade se torna obsessiva e não traz benefícios, revela apenas o desejo de bisbilhotar a vida alheia, e pode até causar desgosto quando o outro é feliz.
Esse tipo de indivíduo é fácil de identificar, pois se aborrece ou irrita ao ver outrem contente ou alcançando um sonho. Também é perceptível pela maneira como narra sua vida, muitas vezes alterando os fatos para se beneficiar.
Para quem não quer conviver com a inveja, paciência é essencial. Não é simples lidar com tanta cobiça e negatividade. Omitir detalhes da vida pessoal, especialmente dos sentimentos, é o melhor antídoto contra a inveja – afinal, como almejarão algo desconhecido?
É natural querer compartilhar momentos de alegria, mas é preciso cautela. Antes de tudo, avalie se a pessoa se alegrará com sua felicidade. Se duvidar, mantenha sua alegria resguardada até encontrar alguém que mereça compartilhá-la.

A questão não é desejar a entrada da pessoa ideal em nossa existência, mas sim falhar em deixar que a inadequada se afaste por completo dos nossos sentimentos.

Superamos um desgosto afetivo apenas quando estamos realmente prontos para soltar quem não valorizou nosso afeto. O bem-estar só se concretizará quando nos tratarmos como a prioridade em nosso próprio caminho.

Quer seja um desgosto no amor
ou a mais intensa das aflições,
o tempo é remédio para sarar
toda mágoa que pesa nos corações.