Dança da Folha e Desabrochar da Rosa

Uma folha dança ao sopro do ar
e percorre o solo e os céus,
banhada pelo salgado oceano
e pelo gélido olhar de quem
perdeu a chama do querer.

Um botão de rosa que transcende
sua antiga essência,
consumindo o oxigênio
e a sabedoria, sem jamais
restringir o ímpeto ardente
do desejo.

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O Elo Inquebrável de Duas Almas: Uma Ode à Irmã

É um afeto que desperta com os primeiros raios
do sol, um fervor que permanece vivo sob a lua.
Uma trama de lealdade, um percurso de
companheirismo eterno.

Irmã é como um pico imponente no
fôlego do céu, e no despudor do fado nossos
caminhos se entrelaçaram. E é amor, minha irmã,
é amor, puro amor, minha irmã!

Irmã é a folha que jamais se despede
do jardim do ser, pinta a vida com matizes
vibrantes e entoa hinos de otimismo. Sinto
felicidade diária, pois em cada amanhecer,
você colore minha existência!

O Eterno Encanto do Ser Mulher

A mulher é verso e é voz,
que educa e desejo que persiste,
é vendaval que vai e vem
sem jamais cessar.

A mulher é compaixão e é o
juízo que sempre se mantém, e
é aquele vício tão ansiado,
tão perdido e tão reencontrado.

A mulher percebe como ninguém
outro percebe e ama de maneira
única, como flor em sua
beleza natural e desabrochar.

A mulher absorve tudo e não
esquece nada, pois tudo habita no
coração que impulsiona tudo
e o universo e seus seres.

Desabrochar Sentimentos na Leitura

Enquanto ele mergulhava na leitura, meus sentimentos floresciam como quem adormece: primeiro devagar, depois tudo de uma vez.

— John Green, A Culpa é das Estrelas

Porto Seguro e o Desabrochar do Amor

Desde sempre, você é meu porto seguro, mas ultimamente, algo novo floresceu em mim – um sentimento misterioso.

O que sei é que cada segundo ao seu lado é uma luta contra o desejo de um abraço, de um carinho suave. Longe de você, meu coração clama seu nome alto e claro! Sim, deve ser amor. Será que aceitaria ser mais do que amigos, e embarcar numa jornada de amor comigo?

Noite de Versos e Saudades: Uma Elegia ao Amor Perdido

Posso traçar as linhas mais melancólicas esta noite.
Redigir, por exemplo: "O céu brilha salpicado de estrelas,
e tremem, azulados, os astros distantes".
O sopro noturno dança pelo firmamento e entoa.

Posso traçar as linhas mais melancólicas esta noite.
Amei-a, e por vezes, ela também me amou.
Em noites assim, ela estava em meus braços.
Seus lábios beijei sob a vastidão celeste.
Ela me amou, por vezes, eu também a amava.
Como ignorar o brilho de seu olhar intenso.

Posso traçar as linhas mais melancólicas esta noite.
Pensar que não a possuo. Sentir que a perdi.
Ouvir a noite ampla, ainda mais sem sua presença.
E a poesia toca a alma como orvalho na relva.
Que importa se meu amor não conseguiu retê-la.
O céu brilha salpicado e ela não está comigo.

Isso é tudo. Ao longe alguém entoa uma canção. Ao longe.
Minha alma não se satisfaz por tê-la perdido.
Meus olhos a procuram, querendo aproximá-la.
Meu coração a busca, e ela não está comigo.
A mesma noite que alveja as mesmas árvores.
Nós, de outrora, já não somos os mesmos.

Já não a amo, é verdade, mas quanto a amei.
Minha voz buscava o vento para alcançar seu ouvido.
De outro. Será de outro. Como antes dos meus beijos.
Sua voz, sua silhueta límpida. Seus olhos vastos.
Já não a amo, é verdade, mas talvez ainda a amo.
É tão efêmero o amor, e o esquecimento tão extenso.

Pois em noites como esta, quando a tive entre meus braços,
minha alma não se satisfaz por tê-la perdido.
Embora este seja o último pesar que ela me causa,
e estes sejam os derradeiros versos que lhe dedico.

(Pablo Neruda)