Compartilhando a Posse da Palavra

A palavra pertence metade a quem a profere e metade a quem a ouve.

O significado do namoro transcende as páginas dos dicionários. Ele vai do suspiro da inspiração à força da atração, do calor da paixão à responsabilidade da posse. Contudo, ao olharmos para o namoro com o coração aberto, percebemos que ele é a expressão sublime de dois seres praticando o amor. Não se trata de um acordo mercantil, pautado em posses, direitos e deveres.

Namorar é um gesto de entrega, é quando alguém encontra no outro a sua metade,
na harmonia dos sonhos partilhados, na conexão física, intelectual e espiritual, e assim se forma o casal.

Namorar é sinônimo de compartilhar, é construir cumplicidade, é celebrar os momentos felizes e oferecer suporte nos desafios, é olhar além dos defeitos e exaltar as qualidades, é ter a consciência de que não apenas escolheu, mas também foi escolhido.

E o mais importante... O namoro não conhece idade ou cronologia, ele simplesmente acontece quando existe Amor!

A verdadeira felicidade não se encontra na mera posse de muitos bens, mas reside na harmonia do dar e do receber.

O ciúme reflete o desejo de posse, enquanto a inveja revela o impulso de apropriação.

Somos apenas aquilo que temos.

Na dança da existência, tudo é uma questão de perspectiva. Já refletiu sobre quantas pessoas anseiam por realizar algo que, para você, pode ser trivial? Enquanto almeja conquistas futuras, há quem deseje algo que você já possui e nem mais valoriza. Essa é a essência da vida, imutável e constante.

A interpretação desse ciclo, no entanto, pode ser transformada. Quando se passa a apreciar cada detalhe em posse, o anseio pelo que está além se torna supérfluo. Isso se torna ainda mais interessante ao reconhecer que o que parece desnecessário para você pode ser um sonho almejado por outrem.