Caridade versus Solidariedade: Aprendizado e Respeito Mútuo

Eu não acredito em caridade. Eu acredito em solidariedade. Caridade é tão vertical: vai de cima para baixo. Solidariedade é horizontal: respeita a outra pessoa e aprende com o outro. A maioria de nós tem muito o que aprender com as outras pessoas.

A solidariedade converte em direito o que a caridade dá como favor.

Oferecer esmola a mendigo não é caridade, é solidariedade!

Tenho consciência de que está enfrentando um período complicado, e por isso desejo expressar toda minha solidariedade e transmitir meus sentimentos.

Palavras muitas vezes não conseguem amenizar a dor em momentos tão intensos de sofrimento, mas tenho convicção de que há conforto em saber que existem amigos que se importam e oferecem total solidariedade.

Desejo muita força e fé, pois diante de um adeus tão definitivo só nos resta aceitar e preservar o amor, a saudade e as lembranças de quem se foi, com eterno afeto.

Infelizmente habitamos um planeta onde uns acumulam riquezas enquanto a vasta maioria mal possui o necessário. Além disso, vivemos sob o jugo de uma sociedade que jamais se contenta com o que possui, almejando sempre mais, sem se importar com as necessidades de quem está ao redor.

Contudo, o antídoto para a avidez ainda reside na compaixão. Somos agraciados pela presença de almas que se sensibilizam com o sofrimento alheio e sentem prazer em compartilhar o pouco ou muito que possuem com os que nada têm.

Dividir nossos bens é uma das qualidades mais nobres do ser humano, embora seja uma prática ainda escassa. Doar vestimentas, recursos financeiros, alimentos ou mesmo vibrações positivas, constitui um verdadeiro alimento para o espírito. E quem adota a solidariedade como prática de vida certamente descobriu um propósito sublime para seguir adiante.

Sentir o poder que a solidariedade nos confere é uma das experiências mais gratificantes que existem. Compreender que a capacidade de trazer felicidade a outrem está em nossas mãos e depende de tão pouco do que temos, é reconhecer que, sim, temos o poder de transformar o mundo!

Mesmo diante de inúmeros obstáculos a serem superados, ter a convicção de que individualmente somos influentes fortalece ainda mais nosso ímpeto para atenuar o sofrimento que aflige tantas vidas pelo globo.

No percurso da vida, deparamo-nos com duas vias: a do eu isolado e a da união. A senda do eu é um beco sem saída, marcado pela solidão e pelo fracasso. Em contrapartida, o atalho da união, da parceria e do convívio mútuo sempre resulta em ricas consequências de aprendizado.

É por essa razão que a sinergia do trabalho coletivo sempre valoriza tanto o indivíduo quanto o conjunto. Colaborar em grupo é o passo inicial para a realização de sonhos e aspirações de toda espécie – mesmo os que parecem inalcançáveis!

Não tem relevância a altura da montanha, a extensão do oceano, a amplitude das margens de um rio; nada disso tem peso, nada é interessante se não estivermos todos com a mente alinhada na mesma trajetória!