O Cão, o Reflexo e a Ganância

Um cão, portando em sua boca um naco de carne, ao passar por uma ponte acima de um regato, depara-se com seu reflexo nas águas serenas. Diante daquela visão, imagina ser outro cão, ostentando uma porção de carne ainda maior que a sua.

Movido pela cobiça, ele solta no regato o pedaço que tinha, e com ímpeto se atira contra a imagem espelhada, buscando apoderar-se da carne que julga ser superior.

Com tal atitude, ele acaba por perder ambas as peças. A que almejava no reflexo, por não passar de uma ilusão, e a sua própria, que, ao ser abandonada nas águas, foi arrastada pela correnteza.


Moral da História: Revela-se duplamente insensato quem abandona a certeza pelo incerto, guiado por dúvidas.

Entre os vários erros humanos, sinto que a ganância é a mais baixa de todas.

O afeto dedicado a um cão é de uma essência tão marcante e singular, que nunca se equipara ao sentimento que nutrimos por outra pessoa.

Não se pode almejar ser um bom cão
se o tempo todo viver a rosnar!

O cão do meu esposo ignora meus comandos... por isso, minha afeição é pelos felinos.

Cada amor desponta de um
canto, de um recanto, de
um território, de uma
península, de um céu estrelado
ou de algum cosmos distante.

O amor é companheirismo e
estima, jamais rancor
ou ganância ou despeito ou
alguma outra forma de
pesar emocional.

Manteremos a amizade para
sempre, seja em tempos
crus, despidos ou solitários, ou em
companhia, próximos ou distantes do oceano
ou das constelações marinhas e
de outros grãos tingidos.