Em Busca de Alívio para o Coração Solitário

Escrevo só para desabafar.
Não entendo o que está acontecendo comigo.
Às vezes, me sinto bem,
Outras vezes, tenho vontade de chorar.

A tristeza tomou conta do meu coração,
Que clama por ajuda
E deseja escapar dessa solidão.

Pareço uma pessoa na adolescência,
Que busca incessantemente
Um refúgio para se proteger
Dessa dor que insiste em permanecer.

Anseio por alguém que me
Ofereça a mão para ajudar a serenar
Esse meu coração aflito.

Preciso desabafar em lágrimas,
é a única forma de aliviar
esse peso que carrego no peito.
Porém, meus olhos estão secos...
Nenhuma gota para derramar.
Como purificarei meu espírito agora?
Aqui dentro, a angústia é imensa.
Não busque a verdade no meu olhar,
Ele só reflete um puro desalento.
Parece que ninguém pode me salvar,
Ninguém ainda se mostrou presente
Para declarar um sincero afeto,
Para assegurar que vai melhorar,
E que a vida ainda reserva esperança.

Com o fim da semana se aproximando, sinto um alívio imenso e um sorriso se desenha no meu rosto, repleto de felicidade. Enfim, a sexta-feira chegou, trazendo consigo o merecido descanso! Hoje, parece que as obrigações são mais leves.

Agora, é só uma questão de horas até me entregar completamente ao relaxamento e, quem sabe, à pura diversão. Nada poderá trazer tristeza ou abalar nosso ânimo. Vamos celebrar este dia incrivelmente positivo com estilo e alegria!

Percebo seu desânimo, e os dias parecem se alongar sem fim. No entanto, venho trazer a boa nova que muda tudo. Levante o olhar, esboce um sorriso, pois suas aflições se dissiparam. Sim, a sexta-feira está aqui!

O longo aguardo cessou. Testemunhei seu desconforto, enfrentando a tentação de abandonar tudo. Mas chegou o momento: esqueça a agenda, só por hoje, e dê-se uma noite de folga dos deveres.

A espera terminou, a alegria ressurgiu, a sexta-feira nos agraciou com sua presença! Nosso carinho é todo seu, nossa ansiada sexta-feira!

O sofrimento do peito não cessa,
e a luta para conter as lágrimas,
ou a busca incessante pelo sorriso perdido,
de uma época em que amar era livre
e não amar era uma escolha.
Hei de sarar esta angústia que
pesa na essência e se espalha
pelo coração; essa dor sem fim
que fere por dentro e faz brotar
dos meus olhos um oceano inteiro
de prantos amargos e salgados.

Hei de aliviar essa dor que invade
meus pensamentos, que consome
minha alma até o último suspiro.
Pode ser a dor de um amor puro
ou talvez não, ainda estou em busca
da resposta.

Eu repousava, porém meu coração estava atento.

Eis que surge o amado à entrada, clamando: Abre companheira, sinto exaustão, o frio me consome, anseio por refúgio.
- O que devo fazer? Despi minha vestimenta, como poderei vesti-la novamente? Purifiquei meus pés, deverei maculá-los outra vez?

Meu querido esforçou-se para entrar, meu coração palpitou!
Cedi passagem, contudo o amigo sumira!
Minha hesitação em atendê-lo obstou nosso encontro.
Aventurei-me ao seu encontro e só encontrei desventuras.
Sofri agruras e fui tentada a desistir,
mas a memória do meu amado impeliu-me a prosseguir.

- Onde se oculta teu amado, ó formosa companheira?
- Ele vagueia entre os lírios de meu leito verdejante!