Altura vs. Sabedoria: Uma Conquista Seletiva

Todos nós ganhamos altura,
mas só alguns ganham sabedoria.

O vínculo fraterno é tecido com fios de esquecimento rápido.
Afinal, apenas uma memória seletiva explica
como superamos tantas discordâncias.

Recepção Calorosa! A minha existência tem uma entrada seletiva, que se abre apenas para quem desejo. Exclusivamente para quem desejo! E ela se escancarou para te acolher. Sim, pois cada vez mais a nossa presença se faz nas redes, nos universos digitais.

Aconchegue-se no meu Facebook! E partilhe o que lhe parecer interessante, expresse-se sem amarras sobre o que desejar e traga vibrações positivas para este ambiente. Com certeza, farei o mesmo no seu!

Há tempos cultivamos a gratidão de forma seletiva, valorizando somente o que nos faz sorrir largamente. Celebramos as vitórias, as felicidades e tudo que caminha ao lado de emoções positivas.

Ignoramos, porém, a volatilidade da vida e a inexistência de um futuro totalmente previsível. As circunstâncias moldam nosso pensar e a maneira como vemos o mundo, transformando o que antes era impensável em fonte de contentamento atual.

A instabilidade é uma constante no cotidiano e, por mais que tentemos negar, essa é uma realidade inescapável. Em tempos árduos, quando o amargor se sobressai, falhamos em perceber o potencial construtivo desses momentos e não expressamos gratidão pelos ensinamentos que trazem.

Precisamos expandir nossa gratidão, abraçando cada instante como um ganho. O que hoje nos entristece, amanhã pode ser de grande valia. Cada vivência deve ser motivo de imensa gratidão, pois é parte integrante da nossa conquista pessoal.

O conceito de sabedoria nasce da fusão de duas ações: conhecer e sofrer. Esse entrelaçamento lexical se constrói ao longo do tempo. É esculpido no passado e se destina ao uso no agora e no porvir.

Embora os períodos de alegria sejam os mais almejados e memoráveis, é inegável que não se aprende sem sentir dor. E a existência, em certos momentos, machuca.

A sabedoria é o fruto colhido por quem se permite aprender com as adversidades. Assim, quanto mais se experimenta a vida, mais sábio se pode tornar um indivíduo. A triste ironia disso é que, ao adquirirmos mais sabedoria, também avançamos na idade, e o tempo para aproveitar esse conhecimento se encurta. Essa é a dor e a beleza do viver, o equilíbrio que a mortalidade impõe. Buscar sabedoria é o grande desafio da existência, mas seria magnífico ser jovem e sábio, com um horizonte inteiro à disposição!

Como muitos expressam: "Ah, se eu tivesse aos vinte anos o discernimento de hoje..." as experiências não teriam sido tão dolorosas. Ou, pelo menos, eu saberia encarar a dor de um jeito distinto...

Por essa razão, o mais sensato que os jovens podem fazer é escutar aqueles que já trilharam um longo caminho, geralmente os mais experientes. Ainda que a sabedoria não seja algo que se possa passar adiante como um objeto, sempre é possível absorver algo das histórias e vivências alheias, para que possamos enfrentar nossos próprios desafios e alegrias, e assim forjar nossa própria sabedoria.
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Nada perdura na lembrança com mais vagar do que um desagravo,
e nada evapora com tanta velocidade quanto um gesto nobre.
Curioso como somos seres inteligentes,
mas ainda assim, escolhemos gravar na mente as afrontas
e deixar os atos de bondade escaparem como areia entre os dedos.