Afeto Silencioso de Tia

O afeto de uma tia transcende palavras,
vive plenamente na linguagem silenciosa do coração!

É uma afeição açucarada, um
carinho zeloso que pulsa
intenso no peito.
A ternura de tia é uma obra-prima,
um sentimento indescritível,
vivido com paixão.
É pura arte em versos, uma melodia
que dança entre sorrisos e lágrimas.
Amor de tia, tão especial, tão pleno,
amor valente, amor sem fim.

Se cuidar e amar os sobrinhos sem medidas é o que define uma tia coruja, então aceito o título com todo o coração! Sou uma tia corujíssima!

Nos desencontramos sem prévio aviso. Evaporamos sem um adeus, assassinamos nosso amor sem conceder-lhe uma última vontade, e ainda sufocamos seu derradeiro alento.

Quantas maravilhas poderíamos ter construído. Poderíamos ter vivenciado os sonhos que idealizamos.
Poderíamos ter optado por um trajeto menos árduo e carregado fardos mais suaves.

Mas escolhemos entrelaçar complicações nas trivialidades do dia a dia e transformar tudo que era simples em complexo. Escolhemos o isolamento silencioso, escolhemos nos encapsular em nossas convicções ao invés de buscar o diálogo.

Agora, estamos distantes, cada qual em sua rota, com um amor que se extinguiu sem justificativa e que jaz entre nós, não mais como uma via de conexão, mas como um obstáculo que nos divide.

Do que experimentamos, restou um amor perdido, malbaratado, estraçalhado. E agora é tarde, agora é distante, agora é melancolia.

Minha amada, o amor que sinto por ti é tão imenso que cada instante longe de você me faz mergulhar num oceano de saudades. Mesmo quando estou ao seu lado, a saudade me visita, temendo o momento em que terei de me afastar novamente.

Em cada canto silencioso sem você, imagino ouvir sua voz doce murmurando versos de amor ao meu ouvido. No entanto, é a saudade que fala alto, repreendendo minha existência distante da sua.

Anseio pelos seus beijos que me encantam, pelo calor de sua pele suave, pela delicadeza de seu toque, pela força de seu abraço.

Você é a energia que move minha vida e a claridade que ilumina meus dias. Sem sua presença, o mundo fica escuro, o silêncio predomina e a saudade devora...

Venho para falar Dele a todos,
De como guardá-lo no peito
E da disciplina que atrai Sua graça.
A ti, que me pediste

Guiar-te à presença do meu Bem-amado,
Com minha silenciosa mente te advertirei,
Ou falarei contigo, através de um doce e expressivo olhar,
Sussurrarei baixinho com a voz do meu amor,
Ou te alertarei em voz alta quando te afastares Dele.

Mas quando eu me tornar apenas uma lembrança,
Ou imagem mental, ou voz silenciosa,
Quando nenhum apelo terrestre revelar
Meu paradeiro no espaço insondável,
Quando nenhuma leve súplica ou ordem severa
Trouxer de mim uma resposta,
Sorrirei na tua mente quando estiveres certo,
E quando errares, chorarei através de meus olhos,
Fitando-te veladamente na escuridão.

E chorarei através de teus olhos talvez;
E murmurarei através de tua consciência,
E raciocinarei contigo usando da tua razão,
E amarei todos através do teu amor.

Quando não mais puderes me falar,
Lê meus "Sussurros da Eternidade";
Por meio deles, falarei contigo eternamente.

Incógnito, andarei a teu lado
Protegendo-te com braços invisíveis.
E assim que conheceres o meu Bem-amado
E ouvires a Sua voz no silêncio,
Reconhecer-me-ás novamente, mais tangível
Do que me conheceste na Terra.

Mas quando eu for somente um sonho para ti,
Voltarei para te lembrar que também não passas
De um sonho do meu Bem-amado Celestial.

E quando souberes que és um sonho, como agora eu sei,
Estaremos despertos Nele para sempre.

(Yogananda)