A forma mais autêntica da felicidade

Ser feliz sem motivo é a forma mais autêntica de felicidade.

Carlos Drummond de Andrade

Num ritmo de vida que não para, questiono: será que possuímos real liberdade? Podemos, de fato, dizer que temos o poder de escolha para fazer o que nos alegra? Refletindo mais a fundo, notamos que nossa liberdade é bastante limitada e influenciada.

Seguimos agendas apertadas, nos vestimos e nos expressamos conforme cada situação exige, para evitar olhares julgadores. Num universo dominado por padrões, desviar-se deles pode ter um preço alto demais.

Ser esbelto, madrugar, estender o expediente, adquirir o último modelo de roupa, seguir dietas... Estamos cercados por normas que nem sempre se ajustam a todos.

Mais crucial que aderir cegamente ao que é imposto, é descobrir como se posicionar de forma a não se prejudicar. Olhar para si e entender o que genuinamente nos contenta pode ser a chave para encontrar o melhor trajeto a seguir.

Claro, vivemos em coletividade e certas regras devem ser honradas, mas suas preferências precisam ser valorizadas. A menos que se prove o contrário, dispomos de uma única vida para viver. Suprimir nossa essência para não confrontar a sociedade é um sinal claro da restrição da nossa liberdade.

Optar pela felicidade deve ser nossa escolha constante. E, embora possa parecer distante da nossa realidade, mantenha-se fiel à sua autêntica liberdade!

Crer que nossa existência não é superior nem inferior à de outrem. Jamais sentir-se acima ou abaixo, mas em igualdade. Praticar o bem sem escolher a quem e não aguardar retribuições é um caminho para a felicidade.

Esforçar-se para manter o sorriso, mesmo perante adversidades, e não se envergonhar das próprias lágrimas, quando necessário, é outra forma de nos aproximarmos dela. Ser humilde, oferecer favores sem esperar algo em troca, estender as mãos e prestar auxílio, é uma maneira de perseguir a felicidade.

Chorar e padecer, mas também lutar e buscar a vitória, sem permitir que o esgotamento te vença, ou que o desalento e o preconceito te dominem, é uma forma de conquistar a felicidade. Aprender a defender seus princípios e a amar os semelhantes, conquistar amigos pelo que você é e não pelo que desejam que seja, é mais um meio de abraçar a felicidade.

Saber vencer e saber aceitar a derrota é uma rara habilidade, mas é possível alcançá-la. Tenha fé, confie na força maior!!! Viva cada instante como se fosse o derradeiro. Transforme sua vida numa sequência de triunfos, uma virtude, e tire proveito de tudo que ela lhe oferece como oportunidade. Mesmo em sofrimento, sofra com amor. Pois é através do amor que se encontram as chaves para desvendar as portas da felicidade...

Descubra a alegria de soltar as amarras e abrir mão do que não serve mais. Sempre que preciso, liberte-se e renuncie!

Liberte-se dos fracassos antigos. Deixe para trás os lamentos. Solte as amarras dos obstáculos, das dores, do ressentimento e da amargura. O que foi, já se foi, e por mais que pense, não há como alterar.

Renuncie à autocobrança. Abandone a necessidade de estar sempre certo. Esqueça a vontade de impressionar. Deixe de lado a busca pela perfeição. Desista de tentar controlar tudo. Aceite que nem tudo tem um porquê. Algumas coisas simplesmente ocorrem, sem mais.

Desistir de trajetos sem destino é valorizar o essencial. Valorize o amor. Apegue-se ao que considera ser a verdadeira felicidade. Apegue-se ao ânimo. Apegue-se às possíveis soluções.

A verdadeira beleza não se alinha com tendências, cosméticos ou silhuetas definidas. Ela é aquela que talvez não percebamos de imediato, mas que inegavelmente tocamos com o coração. Contudo, para alcançá-la, devemos mergulhar mais fundo que o superficial. Essa beleza não salta aos olhos no primeiro encontro.

Quando estamos em paz com nossa aparência, essa beleza intrínseca, nossa essência, parece emanar de nós. E para que ela se revele, é essencial nos desvencilharmos dos estigmas sobre o que é ser bonita, e abandonarmos os estereótipos.

Ao nos encararmos no espelho, tendemos a focar no que nos descontenta. E esse descontentamento, em geral, decorre do que nos foi ensinado sobre beleza em revistas, na televisão, no cinema. O padrão que nos é imposto é restritivo, elitista. Uma beleza opressora, que nos fere.

Mas cada pessoa carrega sua própria beleza. E essa beleza reside justamente no que é único em nós, no que é exclusivamente nosso. Você é bela e singular! Exalte sua beleza, seu sorriso, liberte-se dos moldes. Permita que sua beleza íntima desabroche. Revele-se ao mundo. Agora, encare-se no espelho como se fosse a primeira vez. O que você enxerga?

Ser parte de um casal é multiplicar sorrisos, dividir tarefas e contar com alguém para suportar as lágrimas e vibrar com os triunfos.

Contudo, a convivência a dois também representa um vínculo sério e significativo, que, uma vez assumido, deve ser mantido com firmeza, sem ceder aos primeiros desafios.

Existe um período de ajuste, um momento para que cada um aprenda a conviver com as particularidades do parceiro. E, nesse processo, a paciência é crucial, assim como o empenho contínuo em nutrir a relação com romantismo.

Afinal, não existe maneira mais autêntica de conhecer o outro senão pela vivência e cumplicidade do cotidiano compartilhado.