Entre Suspiros e Calores: A Dança das Emoções

Choram-se alegrias, sorrisos se esvaem
no eterno dançar das horas entre um encontro e
um sentimento que floresce.
E é sentimento.
Ou é ardor.
E é desejo.
Ou é estação quente.
Jamais gelo.
Jamais estação fria.
Sempre verão.

POEMAS RELACIONADOS

Dança da Folha e Desabrochar da Rosa

Uma folha dança ao sopro do ar
e percorre o solo e os céus,
banhada pelo salgado oceano
e pelo gélido olhar de quem
perdeu a chama do querer.

Um botão de rosa que transcende
sua antiga essência,
consumindo o oxigênio
e a sabedoria, sem jamais
restringir o ímpeto ardente
do desejo.

Amor Eterno no Primeiro Olhar

No instante em que nossos olhares se cruzaram,
o universo inteiro pareceu congelar.
Ao sentir sua presença mais perto,
meu fôlego simplesmente se esvaiu.

Ainda hoje, meu estômago dança
com borboletas ao te ver chegar.
Essas emoções intensas, eu sei,
são permanentes e não vão cessar.

Pois o amor que em mim habita
é o reflexo daquele primeiro olhar.

Ainda sinto meu pulso acelerar
pois, amor, nossa chama jamais se apagará!

Noite de Versos e Saudades: Uma Elegia ao Amor Perdido

Posso traçar as linhas mais melancólicas esta noite.
Redigir, por exemplo: "O céu brilha salpicado de estrelas,
e tremem, azulados, os astros distantes".
O sopro noturno dança pelo firmamento e entoa.

Posso traçar as linhas mais melancólicas esta noite.
Amei-a, e por vezes, ela também me amou.
Em noites assim, ela estava em meus braços.
Seus lábios beijei sob a vastidão celeste.
Ela me amou, por vezes, eu também a amava.
Como ignorar o brilho de seu olhar intenso.

Posso traçar as linhas mais melancólicas esta noite.
Pensar que não a possuo. Sentir que a perdi.
Ouvir a noite ampla, ainda mais sem sua presença.
E a poesia toca a alma como orvalho na relva.
Que importa se meu amor não conseguiu retê-la.
O céu brilha salpicado e ela não está comigo.

Isso é tudo. Ao longe alguém entoa uma canção. Ao longe.
Minha alma não se satisfaz por tê-la perdido.
Meus olhos a procuram, querendo aproximá-la.
Meu coração a busca, e ela não está comigo.
A mesma noite que alveja as mesmas árvores.
Nós, de outrora, já não somos os mesmos.

Já não a amo, é verdade, mas quanto a amei.
Minha voz buscava o vento para alcançar seu ouvido.
De outro. Será de outro. Como antes dos meus beijos.
Sua voz, sua silhueta límpida. Seus olhos vastos.
Já não a amo, é verdade, mas talvez ainda a amo.
É tão efêmero o amor, e o esquecimento tão extenso.

Pois em noites como esta, quando a tive entre meus braços,
minha alma não se satisfaz por tê-la perdido.
Embora este seja o último pesar que ela me causa,
e estes sejam os derradeiros versos que lhe dedico.

(Pablo Neruda)

A Dança do Coração: Uma Ode ao Amor e Sentimento

O coração, nobre entre nobres,
quando se entrega ao amor ou
mesmo ao simples ato de respirar,
ou quando nas ondas do sentir
navega ou se permite ser levado,
ou cada vez que o clamor da paixão
ouve ou permite que o amado ouça!

O coração sustenta o fardo do
amar, e ao amar, apenas percebe
a leveza de um amor tão puro
quanto o de qualquer outro
coração.

O coração pertence a quem
ousar abraçá-lo, e seja ele áureo
ou lapidado na dureza, sempre
pode se moldar a um coração
generoso.

A Eterna Dança da Vida e do Amor

Chuva que cai, sinal de vida
Ausente ou não, a vida persiste, sim
Surge o amor, e a vida se agita
Certamente, com ele, tudo é mais vivo
Mas se oculto fica o amor
A vida, ainda assim, segue seu rumo
Pois vida, em essência, sempre será.

E quando o sol desponta alto
Desfazendo as nuvens pelo céu
Resta o calor, ou talvez a luz
Que traz esperança ao coração
E neste exato momento, aqui
Seja no rio ou no vasto mar
Navegamos na corrente da vida.